|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COMÉRCIO
Região da rua 25 de Março fica lotada; CET e PM implementam esquema especial para tentar desviar o tráfego
Paulistano enfrenta trânsito e filas nas compras de Natal
DA REPORTAGEM LOCAL
A proximidade do Natal provocou o primeiro grande congestionamento de final de semana deste
fim de ano na região da rua 25 de
Março, normalmente já tumultuada. A área, onde ficam muitas
lojas de produtos populares e camelôs, chega a receber 1 milhão
de pessoas por dia, de acordo com
os comerciantes.
A lentidão obrigou a CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) e a Polícia Militar a realizarem pela primeira vez neste final de ano a chamada "Operação
Comporta", quando o principal
acesso à região, pela avenida Prestes Maia, é fechado, obrigando os
motoristas a buscar alternativas.
Esse tipo de operação, que entra
em vigor na véspera de quase todas as datas em que cresce o movimento, já tinha sido implementado durante alguns dias da semana que passou.
Há uma semana, a CET iniciou
a Operação Natal no centro, aumentando o número de fiscais. A
CET não realiza medição da quilometragem dos congestionamentos aos sábados, mas afirmou
que a lentidão esteve acima da
média ontem. O trânsito também
ficou bastante complicado nas
avenidas do Estado e Mercúrio.
Caos
Como sempre acontece com a
chegada da época do Natal -falta
menos de um mês-, as ruas da
região estavam tomadas de gente.
Na 25 de Março, o cenário era
caótico. Milhares de pessoas andavam em meio às lojas e barraquinhas dos camelôs, que tocavam os CDs à venda, de James
Brown a grupos de pagode.
Dezenas de duplas de vendedores jogavam de um lado para o
outro da rua uma bolinha que
"cola" em um arco revestido de
velcro, para promover o brinquedo, chamado "Bateu-Colou". O
preço inicial era de R$ 5, mas baixava depois de negociação.
Para completar o cenário, de
poucos em poucos minutos vendedores de fogos soltavam artefatos faiscantes no chão ou disparavam rojões para o alto, em meio a
uma chuva fina.
Apesar da movimentação, poucas pessoas carregavam mais de
uma ou duas sacolas. O motorista
José Lombardoso, 40, viajou de
Campinas só para antecipar as
compras de Natal, com a mulher,
Téia, 40, e a filha, Priscila, 10, que
conheceu a região ontem. Para
ele, que vai ao local todos os anos,
"os preços estão bons".
O camelô Janderson Ferrari de
Souza, vendedor de perfumes conhecido como "Mickey", falou
que, "apesar de estar muito cheio,
está pior que no ano passado".
"Não é o esperado", disse.
Já Moisés Neto, fiscal de uma loja, disse que o movimento estava
"ótimo, graças a Deus".
Texto Anterior: Gilberto Dimenstein: Bom aluno não leva vestibular a sério Próximo Texto: Clima: Chuva mata nove na Baixada Fluminense Índice
|