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SAÚDE
Moradora reclamou de ter sido acordada por comitiva
Em combate à dengue, ministro é impedido de entrar em casa no Rio
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
O lançamento do dia D de mobilização contra a dengue no Rio,
ontem, foi esfriado pela chuva. A
programação do ministro da Saúde, Humberto Costa, por exemplo, foi prejudicada -uma visita
a Sepetiba chegou a ser cancelada.
Ele também deveria ensinar
duas famílias de Acari (o bairro
mais pobre da cidade, com 22 favelas) a prevenir a doença, mas o
objetivo foi frustrado. Na primeira casa, não havia plantas, caixa-d'água ou outros focos potenciais
do mosquito Aedes aegypti. Na
segunda, foi impedido de entrar
por uma moradora que reclamou
de ter sido acordada pela comitiva. Em uma terceira tentativa, a
dona da casa disse que já conhecia
as formas de prevenção.
Mesmo assim, o ministro considerou o início da campanha vitorioso. Para ele, houve mobilização
da esfera pública e de ONGs em
todo o país. Costa esteve no lançamento no Rio por ser o maior alvo
de preocupação das autoridades.
Em 2002, foram registrados 286,8
mil casos de dengue no Estado
(40,15% do total do país).
Dados do ministério, sujeitos a
retificação, indicam redução de
61,9% nos casos notificados no
país de janeiro a agosto deste ano,
comparado a igual período de
2002. No Rio, a queda foi de 96%.
Costa disse que a meta é reduzir
em 10% a incidência de casos em
2004 em relação a este ano. A
preocupação deve-se ao surgimento do vírus tipo 4 da doença,
que representaria ameaça de epidemia de dengue hemorrágica.
A Associação de Moradores de
Acari disse que a prefeitura cortou o convênio com agentes que
faziam trabalho de prevenção.
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