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Outro lado
Casos mais graves são priorizados, afirmam hospitais
Segundo as unidades, a procura mais alta em razão do frio e a falta de pediatras contribuem para o quadro atual
Todos os hospitais citados pela reportagem afirmam que adotam protocolos internacionais que priorizam os casos mais urgentes.
Logo que chegam ao pronto-socorro, as crianças passam por uma triagem e aquelas que têm quadros piores passam na frente.
Os hospitais ressaltam que a demanda está maior nesta época, quando há mudanças bruscas de temperatura que contribuem para manifestação de doenças respiratórias.
Parte também cita a baixa remuneração dos convênios médicos como fatores que dificultam a ampliação do atendimento a crianças, além da falta de pediatras disponíveis.
"Há um contexto conhecido de falta de pediatras no mercado", afirma Antonio da Silva Bastos Neto, gerente médico do pronto-socorro do Albert Einstein.
Ele afirmou que, mesmo assim, o hospital está reforçando a equipe de pediatras para atender à maior demanda e que ampliou o serviço de fisioterapia respiratória para tratar crianças no PS.
Assim, disse, diminuiu o número de crianças que precisam de internação.
O Santa Catarina afirmou que criará uma área específica para ampliar o atendimento nesta época. E que, nos últimos 18 meses, o volume de atendimento no pronto-socorro infantil aumentou 30%.
O hospital disse ainda que todos os pacientes citados pela reportagem receberam a atenção necessária.
O Samaritano informou que todos os pacientes são informados a respeito do tempo de espera estimado e que recebem um folder explicando o protocolo usado para classificar a urgência.
Procurado ontem sobre o caso do menino Guilherme Pereira --que, segundo a mãe, esperou 24 horas pela internação--, disse que não conseguiria se manifestar a tempo.
O hospital Nove de Julho informou que as vagas de internação são ocupadas de acordo com a gravidade do paciente e da disponibilidade.
O São Luiz disse que a procura no pronto-socorro aumentou, o que levou à falta de vagas para internação.
Afirmou também que a suspensão do atendimento infantil de outros hospitais contribuiu para a superlotação da unidade Anália Franco, mas que ampliará o serviço.
O Nipo-Brasileiro também citou o fechamento de outras unidades da cidade e afirma tem ampliado a estrutura.
O Sírio Libanês informou que passou por ampliação e que, além da época de gripe, a alta demanda no pronto-socorro acontece porque há procura de pais com filhos que não precisariam passar pela emergência.
O São Camilo disse ainda que o pronto-socorro é equipado para manter os mesmos suportes necessários para um paciente com indicação de internação ou UTI.