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Cotidiano

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Vereadores de CPI intimam flanelinhas da Faria Lima a depor

Parlamentares fizeram blitz na região após a Folha mostrar que empresas pagam a guardadores de rua

Ação de flanelinhas também ocorre a 500 metros da Câmara Municipal; comissão promete investigar

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vereadores de São Paulo intimaram ontem dois flanelinhas que atuam na região da avenida Faria Lima a prestarem depoimento na CPI dos Estacionamentos, em andamento na Câmara Municipal.

Quatro integrantes da comissão estiveram ontem na região e ouviram informalmente os guardadores.

A comitiva de vereadores foi ao local após a Folha mostrar que empresas instaladas na região pagam flanelinhas para reservar vagas para os seus funcionários na rua.

Os guardadores ficam com as chaves dos carros e controlam o espaço público estacionando-os com grande espaço entre uns e outros.

Dessa forma, reservam vagas para os clientes que chegarem posteriormente.

Os vereadores Conte Lopes (PTB), Paulo Batista dos Reis (PT), Ricardo Nunes (PMDB) e Rubens Calvo (PMDB) abordaram três flanelinhas nas ruas Sampaio Vidal e Eliza Pereira de Barros.

Um deles fugiu e os outros dois foram intimados a depor na CPI dos Estacionamentos no próximo dia 9.

Em conversa com os parlamentares, disseram que recebem até R$ 200 por mês de cada cliente. Um deles, Dário Machado de Oliveira, 53, tinha seis chaves de carros estacionados nas proximidades.

Os vereadores não perguntaram aos guardadores se eles recebem pagamentos diretamente das empresas.

O escritório Mello Hached & Dabus, citado na reportagem de ontem da Folha, negou ter feito pagamento a flanelinhas. Segundo a empresa, todos os advogados estacionam os carros em garagens da região, e não na rua.

A informação foi dada à reportagem por dois funcionários da empresa na semana passada.

BARBAS' DA CÂMARA

Os vereadores da CPI dos Estacionamentos não precisariam se deslocar até a Faria Lima para flagrar a ação dos guardadores.

A 500 metros da Câmara Municipal, Raimundo Nonato, 34, toma conta dos carros na rua Major Quedinho. "A gente reveza dia e noite por causa do movimento da lanchonete", afirma.

"A gente não sabia que isso acontecia tão perto da gente, nas barbas da própria Câmara", afirmou o vereador Rubens Calvo.

Ele disse que comunicará o fato aos membros da CPI para que haja uma nova blitz ainda hoje, desta vez na vizinhança. "Estamos buscando provas para levar propostas para o atual governo".


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