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Após morte de triatleta, ciclistas protestam no RJ
Prefeitura anuncia programa de reciclagem e treinamento para motoristas de ônibus
Um dia após o triatleta Pedro Nikolay, 31, morrer atropelado por um ônibus, ciclistas protestaram ontem de manhã contra a violência no trânsito no Rio. Ontem também, a prefeitura anunciou que todos os 18 mil motoristas de ônibus passarão por reciclagem.
Durante a manifestação, que percorreu a orla de Ipanema e Leblon (zona sul), os ciclistas pintaram uma bicicleta com tinta branca, simbolizando a paz. Ela foi colocada na altura da avenida Vieira Souto, onde o atleta morreu.
"Essa bicicleta fantasma homenageia o nosso colega que se foi. Queremos conscientizar a população que a bicicleta é um veículo", disse o empresário e triatleta Cristiano Cardoso, 36.
Os manifestantes também exigiam uma nova área específica de treinamento de ciclistas profissionais --o velódromo construído para o Pan-2007 foi fechado em fevereiro.
De manhã, mais um acidente envolveu um ciclista no Rio --o terceiro desde o início de abril. Alberto da Silveira Júnior, 40, foi atingido por um carro na zona norte. Teve fratura no tornozelo, mas passa bem.
Após reunião com representantes da Federação de Triathlon do Rio, o prefeito Eduardo Paes anunciou que na sexta editará um decreto para aumentar o controle sobre motoristas e empresas de ônibus, com possibilidade até de demissão.
Todos os motoristas passarão por um programa de treinamento e reciclagem definido pela Secretaria Municipal de Transporte, no prazo máximo de um ano. Hoje, isso fica a cargo dos consórcios que operam o sistema.
Com o decreto, a secretaria vai aprovar o modelo dos programas e fiscalizá-los.
"Vamos criar mecanismos mais fortes de punição aos profissionais e há uma responsabilidade das empresas também", disse Paes.