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Feira da Madrugada fecha hoje para reforma
Comerciantes querem espaço funcionando
A Feira da Madrugada, no Brás, na região central de São Paulo, fechará na tarde de hoje para reforma sem garantias de que todos os comerciantes que atuam no espaço voltem após o fim das obras.
Maior centro de compras a céu aberto da América Latina, a feira tem, segundo os bombeiros, falhas graves no sistema de combate a incêndios --falta hidrantes, extintores estão vencidos e não há saídas de emergência.
O fechamento foi determinado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) após recomendação do Ministério Público Estadual. O espaço recebe cerca de 25 mil pessoas por dia.
Segundo o secretário de Coordenação de Subprefeituras, Chico Macena, as obras devem durar dois meses ao custo de R$ 4 milhões.
Levantamento feito recentemente pela prefeitura mostra que a feira tem 4.571 boxes. Porém, o último cadastramento, na gestão Kassab, apontava cerca de 3.200 comerciantes atuando.
O fechamento prevê alargar vielas que dão acesso às lojas, instalar hidrantes e novas saídas de emergência, trocar extintores e toda a parte elétrica e hidráulica do espaço da feira.
Também serão criados bolsões de estacionamentos em áreas próximas e será aumentado o espaço entre cada box, de 1,5 metro para 2,5 metros.
Macena diz que não acredita em resistência dos comerciantes nem na possibilidade de confronto. Ontem, porém, vendedores disseram que pretendem resistir e que querem que as obras sejam feitas sem o fechamento da feira.