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Outro lado
Operadoras dizem que acatam as decisões
De acordo com os planos de saúde, os tratamentos são autorizados assim que Justiça os intima
A Bradesco Saúde afirmou que cumpre todas as decisões judiciais e que, logo que foi intimada a cumprir a liminar dada à Daniella Moreira, emitiu comunicado ao hospital para garantir o atendimento.
Disse ainda que todas as despesas médico-hospitalares referentes aos atendimentos pagos por Daniella serão analisadas e reembolsadas.
O hospital AC Camargo, onde ela faz o tratamento, disse que não chegou a seu conhecimento qualquer informação de que a paciente obteve liminar para a cobertura dos procedimentos.
O hospital também que, em dezembro (três meses após a paciente obter a liminar), o plano negou a cobertura do exame.
Um novo exame foi agendado para o dia 7 de março, mas a autorização também não chegou a tempo.
O Plano Hospital Samaritano, de Campinas, disse que até a semana passada não havia sido intimado sobre o teor da decisão liminar dada para a cobertura do tratamento da dona de casa Tereza Cristina Santos do Nascimento.
"Após o recebimento da intimação pela via judiciária, cumprirá, obviamente, o que se contém na liminar, sem prejuízo da apresentação de defesa em tempo oportuno", afirmou em nota.
Enquanto isso, diz a empresa, vai oferecer atendimento em outro hospital da cidade de São Paulo.
A defesa da dona de casa afirma que o ofício judicial, extraído do site do Tribunal de Justiça, foi enviado por correio e recebido pela empresa no dia 11 de março.
TEMPO
A SulAmérica afirmou também que cumpre todas as decisões judiciais e que no caso da aposentada Paula Tiyoko Nohara, o valor determinado pela Justiça em março já havia sido lançado no sistema, mas não houve tempo hábil para emitir os boletos.
Ex-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e professora da PUC, Maria Stella Gregori, que hoje atua na defesa de algumas operadoras, diz que nenhuma empresa pode descumprir decisão judicial.
"Nesses casos, acredito que o problema tenha sido na notificação da empresa. Nem sempre uma empresa sabe da decisão judicial tão rapidamente quanto o cliente que a está processando", afirma.