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Affonso de Vergueiro Lobo Filho (1942-2013)
Um engenheiro civil e professor
ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULOAffonso de Vergueiro Lobo Filho deu aulas em universidades de São Carlos e Araraquara. Na capital paulista, onde vivia, ensinava em casa.
Sua única aluna nesse caso era a filha mais nova, Rebeca, 13. Engenheiro civil especialista em estruturas pelo Mackenzie e com pós-graduação pela USP, Affonso era quem tirava as dúvidas da menina -em matemática, não engenharia.
Nascido em São Paulo, filho de um procurador do município, militou no movimento estudantil na ditadura e dirigiu a liga universitária de esportes.
De 1969 a 1973, Lobo -ou Lobão ou Lobinho, dependendo de quem o chamava- foi professor assistente de estruturas metálicas e de resistência dos materiais da USP de São Carlos. Na Faculdade de Engenharia Civil de Araraquara, chegou a professor titular.
Entrou para o Metrô em 1971. Coordenou projetos, foi supervisor da área técnica e assessor técnico da gerência de projetos até 1988. Dizia-se um metroviário, como conta a mulher, Suseli, com quem estava casado há 21 anos. Participou da criação do sindicato.
Petista, trabalhou ainda na gestão Erundina (1989-1992). Foi chefe de gabinete e depois secretário de Vias Públicas, diretor de obras da Emurb, diretor de planejamento e projetos da CET e diretor de engenharia da CMTC (Cia. Municipal de Transportes Coletivos). Desde 1993, era sócio da Opus (Oficina de Projetos Urbanos).
Andava sempre de chapéu Panamá e adorava cozinhar -seu pernil assado, preparado todo Natal, fazia sucesso.
Morreu na sexta (3), aos 71, devido a um câncer de pulmão. Foi cremado ao som do hino do São Paulo FC, pelo qual era fanático. Teve três filhos.