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Outro lado
Ações visam proibir trabalho infantil, diz estatal
DE SÃO PAULOPor meio de sua equipe de assistentes sociais, a Infraero diz que faz um trabalho de abordagem, identificação e cadastro de crianças e adolescentes que circulam em Congonhas, com o objetivo de proibir o trabalho infantil.
Durante os quatro dias em que a reportagem acompanhou os garotos engraxates de Congonhas, a Folha presenciou assistentes sociais conversando com os jovens.
O cadastramento pretende levantar idade, endereço, escolaridade, entre outros itens, para "um apoio ao encaminhamento dessas crianças e adolescentes às autoridades", diz a estatal que administra o aeroporto.
O projeto Hangar do Aprendiz, segundo a Infraero, proporciona a capacitação para o mercado de trabalho desses jovens. No último trimestre, a estatal informa que matriculou seis desses menores.
Outra medida é a realização de campanhas de orientação de usuários e passageiros sobre a proibição da exploração de trabalho infantil, com divulgação de material informativo, inclusão de vídeos e anúncios sonoros.
A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude do Jabaquara disse que não havia recebido, até o momento, nenhuma denúncia sobre crianças trabalhando como engraxate no aeroporto. Responsável pela região de Congonhas, diz que vai instaurar, nesta semana, "procedimento administrativo para identificação das crianças e tomar as providências cabíveis".