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Festa do peão em Barretos quer voltar a ser caipira Edição deste ano, que começa na quinta, deve atrair 900 mil pessoas Para organizador do evento, não adianta ter só "show e rodeio", é preciso ainda valorizar a cultura do sertanejo JOÃO ALBERTO PEDRINIDE RIBEIRÃO PRETO A 57ª edição da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, a mais tradicional do gênero no país, começa na próxima quinta-feira com o objetivo de resgatar a cultura caipira, os costumes do campo e os hábitos do sertanejo. Criticada, inclusive em estudo acadêmico, por "americanizar" o rodeio nas vestimentas e em shows, a festa deste ano vai reformular o Rancho do Peãozinho, espaço exclusivo às crianças. Em seu novo projeto, o local vai incitar uma reflexão sobre a cultura raiz. "Não podemos deixar de lado a origem e a essência do evento. A cultura caipira deve ser enaltecida. A festa não é só show e rodeio. Temos a preocupação de valorizar, cada vez mais, a nossa cultura", afirma Hugo Resende Filho, presidente do "Os Independentes", associação que promove o evento. Outra tentativa de resgate da cultura pode ser verificada na música. A nova geração sertaneja fará uma homenagem aos ícones da música raiz Tonico e Tinoco. "Nosso objetivo é atrair o público infantil e, claro, as famílias, para despertar o interesse pela cultura e tradições sertanejas, mostrando um universo muitas vezes desconhecido", diz Resende Filho. As atrações se somam aos tradicionais concurso de berrante e Queima do Alho -culinária típica dos peões nas estradas boiadeiras. Nas arenas, a novidade neste ano é o formato do Barretos International Rodeo. A disputa será entre Estados do Brasil, do México, do Canadá e dos EUA, e não somente entre peões, como aconteceu até o ano passado. A Festa do Peão, que teve investimento de R$ 20 milhões, prevê receber ao menos 900 mil pessoas no Parque do Peão entre os dias 16 e 26 deste mês. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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