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Bolívia não aceita que PF destrua plantio de coca Ministro defende política nacional antidrogas DE SÃO PAULOEmpenhado em "nacionalizar" sua política antidrogas, o governo de Evo Morales na Bolívia não aceita a participação de agentes brasileiros para destruir plantações da folha de coca, matéria-prima da cocaína e do crack, como deseja a Polícia Federal. A declaração foi feita pelo ministro de Governo -equivalente a Casa Civil-, Carlos Romero, a jornais bolivianos. O ministro foi questionado sobre reportagem da Folha que revelou na segunda-feira a atuação da PF em território peruano para destruir plantios ilegais e a intenção de obter aval do governo boliviano para fazer o mesmo. Vem da Bolívia 54% da cocaína consumida no Brasil. "Se a solicitação for apresentada [ação da PF em solo boliviano], não a consideraríamos pertinente" disse Romero, citado ao "Página Siete". "Por conta da nossa política de nacionalização da luta antidrogas, não temos permitido a ingerência de organismos externos", seguiu. Sob acusação de ingerência, Morales expulsou integrantes da DEA, a agência antidrogas americana do país. Desde então, tem se esforçado para depender menos de verba americana, recorrendo especialmente ao Brasil. Mesmo sem a DEA, EUA e Brasil trabalham juntos no combate às drogas na Bolívia, mas a previsão é que não haja agentes estrangeiros na erradicação do plantio de coca. Segundo o governo da Bolívia, dados de Vants (veículos não tripulados) do Brasil sobre laboratórios de drogas estão ajudando a destruir algumas instalações. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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