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José Meirelles (1923-2012) 'Pai' da rodovia Cuiabá-Santarém ANDRESSA TAFFARELDE SÃO PAULO Em 1971, o coronel José Meirelles recebeu a missão do governo de abrir uma estrada para ligar Cuiabá (MT) a Santarém (PA), no que seria a continuação da BR-163. Nos três anos em que ficou sob o comando de José, o 9º Batalhão de Engenharia de Construção abriu dois quilômetros de rodovia por dia, 1.114 quilômetros no total, até a divisa com o Pará. O trecho entre as duas cidades só ficou totalmente pronto em 77. O trabalho era uma verdadeira aventura por um Centro-Oeste quase inexplorado. Tribos indígenas desconhecidas cruzaram o caminho dos militares -segundo José contava, o grupo chegou a ser recebido a flechadas. Para ajudar no contato com os índios, chamou os irmãos sertanistas Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Bôas, que fundaram o Parque Nacional do Xingu (MT), em 1961. Mineiro de Conselheiro Lafaiete, morou em Belo Horizonte antes de se mudar para o Rio. A exemplo de três dos seus quatro irmãos, entrou para o Exército, formando-se pela Aman (Academia Militar das Agulhas Negras). Ao lado da mulher, Zulmira, com quem era casado desde 1950, morou em diversas cidades brasileiras. Entre os oito filhos, há cariocas, gaúchos e paulistas. Apaixonado por sol e calor, adorava viver em Cuiabá, para onde foi nos anos 70. Chegou a ser prefeito da cidade, mas não gostou da experiência política. Morreu na terça-feira (28), aos 89 anos, de hemorragia provocada por um aneurisma. Além da viúva e dos filhos (entre eles a atriz da Rede Globo Totia Meirelles), deixa 19 netos e dez bisnetos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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