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RUF - Ranking Universitário Folha
Ranking em debate
DE SÃO PAULO
Desde segunda-feira -no lançamento do RUF (Ranking Universitário Folha)- até ontem, a Redação da Folha recebeu mais de 300 mensagens com dúvidas, elogios, sugestões e, claro, críticas. Nesta página, sintetizamos as principais indagações ao trabalho, que está em sua primeira edição e aberto a ponderações, para eventuais aperfeiçoamentos.
AS PRINCIPAIS CRÍTICAS METODOLÓGICAS AO RUF
1
PESO DO MERCADO DE TRABALHO NA NOTA
Entrevistas do Datafolha com 1.212 responsáveis por recursos humanos. Vale 20 dos 100 pontos do ranking
AS CRÍTICAS
Foi dado muito peso a esse indicador. Profissionais de RH, namaioria, vêmde universidades privadas e tendem a privilegiar essas escolas. Universidades menores são menos lembradas pelos entrevistados
RESPOSTA
O peso foi baseado em rankings internacionais que utilizam critério semelhante. Além disso, considerou-se que a formação de profissionais para o mercado de trabalho é um papel importante das universidades. O tamanho das escolas realmente tem influência no indicador
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2
PESO DO CRITÉRIO INOVAÇÃO
O número de patentes criadas equivale a 5 dos 100 pontos do ranking
AS CRÍTICAS
Há reclamação tanto da inclusão desse indicador quanto da pouca representação dele no total
RESPOSTA
Considerou-se que a criação de patentes é uma forma importante de aferir a preocupação da universidade em criar produtos potencialmente úteis. Mas não teve muito peso porque avaliou-se que fazer inovação não é papel apenas das universidades
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3
INSTITUIÇÕES INCLUÍDAS NO RANKING
Há um ranking geral, com 191 universidades. Já centros universitários e faculdades aparecem especificamente nos rankings de qualidade de ensino (entrevistas com cientistas) e na avaliação do mercado de trabalho (entrevistas com responsáveis por RHs)
AS CRÍTICAS
Instituições importantes e tradicionais, como ITA e FGV, não aparecem no ranking geral
RESPOSTA
Eles não aparecem na lista das 191 porque não são universidades. Seria uma distorção comparar faculdades e centros universitários, em geral focados em áreas específicas, comas universidades, que são mais abrangentes no ensino e na pesquisa
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4
DISCREPÂNCIA ENTRE OS TAMANHOS DAS UNIVERSIDADES
No indicador de pesquisa alguns dos nove itens avaliados consideram o número absoluto da produção científica; outros, o número de publicações por docente
AS CRÍTICAS
Ao considerar dados absolutos, uma universidade com boa produção científica, mas pequena em tamanho, é prejudicada na pontuação
RESPOSTA
Para evitar distorções entre as instituições, foram considerados indicadores absolutos e normalizados. O primeiro pode privilegiar as maiores. Mas o segundo tende a beneficiar as menores, pois é mais fácil contar com poucos bons pesquisadores do que com muitos
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5
UTILIZAÇÃO DE DADOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PARA AVALIAR O ENSINO
Não foi considerado o Enade (exame federal a universitários)
AS CRÍTICAS
Um conjunto representativo e objetivo de dados foi desperdiçado, priorizando um critério subjetivo, que são as entrevistas com cientistas
RESPOSTA
Apesar de o Enade ser abrangente, considerou-se que haveria dificuldades para incluir um indicador do qual a USP (principal universidade do país) não participa. Também não é possível avaliar se uma nota baixa no Enade é fruto de boicote dos estudantes
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