Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Pedalada turística Ciclistas aproveitam a nova ciclofaixa no centro para fotografar locais históricos como o Theatro Municipal e o Pateo do Collegio THIAGO AZANHACOLABORAÇÃO PARA A FOLHA A nova ciclofaixa na região central paulistana estreou ontem com bom movimento, alguns problemas e muita gente dando uma pausa na pedalada para fotografar algum cartão-postal da cidade. O trajeto, de 2,5 km, liga a ciclofaixa existente na avenida Paulista ao centro histórico. Ela funcionará aos domingos e feriados, das 7h às 16h. A estimativa do Bradesco, parceiro da prefeitura na ciclofaixa, é que 10 mil ciclistas tenham passado pelo novo trecho. O percurso inclui locais como praça da Sé, Pateo do Collegio, mosteiro de São Bento, Theatro Municipal e largo São Francisco. O novo espaço para pedalar é interligado à ciclofaixa da Paulista pela avenida Bernardino de Campos e pelo corredor de motos da rua Vergueiro e da avenida Liberdade. Somadas, as duas ciclofaixas têm 14,3 km (ida e volta). Ontem, o número de bicicletas era quase igual ao de máquinas fotográficas. O ciclista Rogério Azevedo, 42, que já passeia pelas ciclofaixas da cidade desde quando elas começaram a ser implementadas, em 2009, estacionou a sua magrela no Pateo do Collegio para registrar o momento com seus amigos, que se identificaram apenas como Alexandre e Gi. "Esta nova ciclofaixa dá mais vida para o centro. Fica mais fácil e seguro conhecer pontos históricos. E aproveito para tirar várias fotos", diz. No mesmo local, o casal Cecília Bottai, 34, e André Kwak, 36, levava a filha Flora, 2, para passear, tirar fotos e conhecer um pouco mais sobre a história da cidade. "Ela mesma prefere andar de bike no dia a dia. Não gosta de carro de jeito nenhum. É bom sair do condomínio e explorar o que a cidade tem de melhor", afirma Cecília. No viaduto Boa Vista, Wanderlei Bispo, 51, pedalava com um alto-falante acoplado à bicicleta. "Já fiz o percurso três vezes, e todo mundo fica animado quando ouve um sambinha", diz. Até quem não tinha bicicleta queria emprestar uma para andar na nova ciclofaixa. Foi o caso de Milton Fernandes, 37, e Maria Villas, 31. "Vendo tanta gente pedalando, ficamos com vontade de praticar uma atividade física e conhecer os pontos turísticos do centro", diz ele. RECLAMAÇÕES Ciclistas que saíram da Paulista e desceram pela rua Vergueiro e pela avenida Liberdade, reclamaram sobre a largura da faixa destinada para as bicicletas naquele trecho. "O corredor é muito estreito. Fiquei com um pouco de medo devido aos carros passando rente à faixa", afirma Miriam Lopes Macetti, 48. Para a dentista Elke Noda, 35, que parou para descansar com sua bike na praça da Sé, o trajeto devia ser maior. "Vim conhecer a novidade, dei uma volta e acabou. Em alguns pontos, poderiam alargar a passagem, que fica apertada quando tem muitos ciclistas", diz. A prefeitura estuda estender a ciclofaixa até a região da Luz, passando pela Pinacoteca e pela Sala São Paulo (leia texto nesta página). Na maioria das ruas em que a ciclofaixa passa, como a Líbero Badaró e a Boa Vista, não há qualquer tipo de pintura na rua que identifique o espaço destinado aos ciclistas -só cones e fitas. Em frente ao mosteiro de São Bento, a rota chega a passar por cima da calçada, impossibilitando a passagem normal dos pedestres. "Precisa melhorar a pintura no asfalto e tirar esse aspecto de improvisação", diz Sandro Trevisan, 51. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |