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Sessão da Câmara de Taboão acaba em quebra-quebra, bombas e tiros Impasse na desapropriação de duas áreas deu início à confusão
Um impasse na votação de projeto que desapropriava áreas para moradias populares em Taboão da Serra (Grande São Paulo) terminou em quebra-quebra na Câmara Municipal, com ao menos 30 cadeiras quebradas, dois guardas-civis e três sem-teto feridos, tiros para o alto, bombas de efeito moral e gás pimenta. Para que o projeto do prefeito Evilásio Farias (PSB) -que não é candidato à reeleição- entrasse em votação, eram necessárias as assinaturas de 9 dos 13 vereadores. Como apenas oito assinaram, o presidente da Câmara, José Macário (PT), pediu a suspensão da sessão por 10 minutos para tentar um acordo. Ao menos 400 pessoas ligadas ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se revoltaram após a suspensão. Manifestantes forçaram a grade que separa o público do espaço dos vereadores e teve início a confusão, que durou cerca de 20 minutos. Duas luminárias e pedaços de cadeira foram jogados contra os parlamentares. Retirados pela Guarda Civil, os manifestantes jogaram pedras e quebraram as portas de vidro da entrada. Os guardas lançaram bombas de efeito moral e deram tiros para o alto. A confusão só terminou com a chegada da PM. Três pessoas ligadas ao MTST foram levadas à delegacia e liberadas. Segundo Vanessa de Souza, coordenadora estadual do MTST, foi o prefeito quem ligou para avisar que seria importante o grupo comparecer à sessão. Vanessa diz que não foram os sem-teto quem começaram a confusão. "Tinha um monte de gente que não fazia parte do movimento." Segundo ela, três militantes foram ao hospital, mas outros feridos optaram por não ir. (MARTHA ALVES) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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