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Quadrilha cava túnel, invade caixa-forte e usa botes para fugir

Três homens morreram após furto ao cofre da Protege, na zona sul; bando tentou escapar 'navegando' no esgoto

Ladrões usaram ônibus com fundo falso sobre bueiro para entrar no esgoto; levaram R$ 14 mi, depois recuperados

Robson Ventura/Folhapress
Ônibus com fundo falso usado por ladrões para acessar bueiro
Ônibus com fundo falso usado por ladrões para acessar bueiro

DO “AGORA”
DE SÃO PAULO

Numa ação cinematográfica, três homens morreram e um foi preso na madrugada de ontem durante um assalto à Transportadora de Valores Protege, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo.

Um grupo de 10 a 15 ladrões usou um ônibus com fundo falso, estacionado sobre um bueiro na avenida Professor Alceu Maynard Araújo, para entrar na galeria subterrânea de água e esgoto.

Eles utilizaram botes infláveis para percorrer cerca de 130 metros pelas galerias subterrâneas. Sob a rua Laguna, onde fica a Protege, cavaram um túnel de 15 metros.

O túnel levou os homens diretamente até a sala onde fica o cofre da Protege.

No entanto, logo após os invasores entrarem no local, foram identificados pelos seguranças da empresa, que dispararam o dispositivo de segurança e alertaram a Polícia Militar.

Segundo a Polícia Civil, os assaltantes são ligados ao mesmo bando que furtou R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza, em 2005, e também planejaram o roubo às agências do Banrisul e da Caixa Econômica Federal de Porto Alegre em 2006.

PLANEJAMENTO

O plano da quadrilha consistia em chegar ao local onde fica o dinheiro e fugir também pela rede de esgoto, saindo pelo mesmo bueiro da avenida Professor Alceu Maynard Araújo.

O túnel tinha iluminação, ventilação e paredes escoradas com madeiras para evitar desabamento.

A Polícia Civil calcula que os trabalhos -planejamento e escavação do túnel- duraram cerca de dois meses.

Os ladrões levaram pelo menos 20 malotes, com R$ 14 milhões-cada um deles pesando 40 kg- em botes pela galeria até a saída.

Após o alarme dos seguranças, um carro da Rota interceptou os suspeitos, que já estavam dentro do ônibus.

Ricardo Pereira dos Santos, 36, e Marcos Oliveira Amaro morreram na suposta troca de tiros com os policiais.

Segundo a PM, outro membro da quadrilha acabou atropelado pelos próprios comparsas durante a fuga.

O veículo foi perseguido por um quilômetro até a avenida Doutor João Carlos da Silva Borges, onde Marcelo Adelino Moura, que dirigia o ônibus, foi preso após bater o veículo num poste.

Os PMs apreenderam um fuzil, uma pistola, alguns carregadores e dinheiro. Segundo a Protege, os R$ 14 milhões foram recuperados.

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