Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Fachada do edifício Belas Artes vira patrimônio histórico Conselho estadual aprovou o tombamento do lado externo do prédio, que até 2011 abrigava o cinema de mesmo nome Decisão foi tomada após caso ir parar na Justiça; espaço interno do local poderá ser modificado pelos proprietários
DE SÃO PAULO A fachada do edifício Belas Artes, no centro, que abrigou até o ano passado o cinema de mesmo nome, não poderá mais ser alterada. A estrutura interna, porém, poderá ser modificada e usada livremente pelos proprietários. O lado externo foi tombada ontem pelo Condephaat (conselho estadual do patrimônio histórico), após a polêmica criada com o fechamento do cinema ter ido parar na Justiça. De acordo com a decisão, além do tombamento da fachada deverá haver uma "integração visual entre o espaço interno e externo, em trecho de quatro metros a partir do alinhamento do lote no passeio público". Ficou determinado que o tombamento contemple "elementos na calçada e fachada que remontem à memória do cinema", que foi aberto no local no início dos anos 1940. O conselho decidiu com 16 votos favoráveis à análise do relator, Francisco Alambert, do Departamento de História da USP, e duas abstenções. Em uma primeira avaliação, em 2011, o Condephaat arquivou o processo para proteger o local, que fica na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação. A reavaliação feita ontem aconteceu após uma ação do Ministério Público, que resultou numa ordem judicial da 13ª Vara da Fazenda Pública. "É um reconhecimento importante, mesmo que, eventualmente, a estrutura interna seja destruída. O ideal seria garantir que o local só tivesse uso cultural, mas foi um primeiro passo", afirmou André Sturm, ex-proprietário do cine Belas Artes e atual diretor do MIS (Museu de Imagem e Som) de São Paulo. Procurado, o dono do edifício, o empresário Flávio Maluf, não foi localizado. Em sua avaliação, o relator argumentou que "é preciso preservar esse lugar de memória e esse espaço histórico e cultural. Para isso, mostra-se que mesmo se tratando de um bem privado, sua existência social é pública". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |