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Chefe de facção será transferido para prisão federal em RO
Roberto Soriano será o 2º preso a ser transferido após ser acusado de ordenar morte de policiais
O governo de São Paulo vai transferir para Porto Velho (RO) o preso Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, considerado um dos principais cabeças da facção criminosa PCC.
Ele é o segundo membro desse grupo a ser mandado para um presídio federal após ser acusado pela polícia de determinar a morte de policiais militares no Estado neste ano.
O outro preso já transferido para Porto Velho é Antônio Cesário da Silva, o Piauí, acusado de tráfico que a Secretaria da Segurança diz ter ordenado a morte de seis PMs.
Piauí estava penitenciária de Avaré, no interior paulista, após ser recapturado em Santa Catarina. Embora fosse chefe do tráfico na favela Paraisópolis, a Promotoria considera Silva um integrante de menor importância do PCC.
Soriano, por outro lado, é colocado entre os oito principais cabeças da facção.
Ele estava no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, onde há o RDD (regime disciplinar diferenciado), após ser flagrado enviando uma ordem para a matança de seis PMs da Rota.
Parte do Ministério Público defende a transferência de toda a cúpula para outros Estados, já que não há um prazo predefinido para voltarem a São Paulo. No RDD, onde existe um forte isolamento, o limite máximo é de 360 dias.
Promotores também consideram a transferência uma forma de combater o crime, uma vez que deve provocar a desarticulação do grupo e a troca definitiva da cúpula da facção.
BONDE
Além de Tiriça e Piauí, o presidiário Márcio Lemos de Lima, o Marcinho do PCC, que estava preso em Mato Grosso, foi transferido ontem para Porto Velho. Ele apontado como um integrante da facção paulista.
Foi levado em um voo comercial. O deslocamento da penitenciária teve apoio da Polícia Federal.
Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Rondônia, Marcinho do PCC é considerado de "alta periculosidade".
Entre as condenações estão três por roubo qualificado, duas por latrocínio (roubo seguido de morte), que, juntas, somam mais de 50 anos de reclusão.