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Obras da Bienal vão itinerar por MG e interior paulista em 2013
Fundação também prepara mostra focada em artistas brasileiros
A 30ª Bienal de São Paulo, que fechou suas portas anteontem, irá itinerar por oito cidades do interior paulista e de Minas Gerais em 2013.
O périplo começa em janeiro, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Também receberão obras da mostra quatro unidades do Sesc-SP, dois espaços da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e um local ainda a ser definido em Juiz de Fora (MG).
Aberta em setembro, essa edição da Bienal transcorreu sem sobressaltos. "Com isso, a Bienal pôde ser vista como ela era de fato", avalia o presidente da Fundação Bienal, Heitor Martins.
Ele destaca também o que vê como fortalecimento da mostra no circuito internacional, com o "crescimento de visitantes estrangeiros e artigos positivos no exterior".
Em seu segundo mandato à frente da fundação, Martins deixa o cargo em fevereiro do ano que vem, já que o estatuto da instituição não permite outra reeleição. Seu sucessor deve ser Luis Terepins, atualmente integrante da diretoria. Ele não confirma nem desmente a informação.
"Essa é uma decisão do conselho, mas eu ficaria feliz com um presidente que saísse de minha diretoria", desconversa.
Além da itinerância da Bienal, a fundação deve se ocupar de outra grande exposição em 2013. Com curadoria de Paulo Venâncio Filho, a mostra tratará das participações brasileiras nas 30 bienais realizadas até hoje. "É uma continuidade à comemoração dos 60 anos da Bienal [celebrados em 2011]", explica Martins. O custo deve ser de cerca de R$ 8 milhões.
Segundo o presidente, seu sucessor não deve ter problemas de caixa. "Os R$ 22,4 milhões que essa Bienal custou já estão pagos, e a inadimplência [que quase impediu a abertura da edição concluída anteontem], em análise no Ministério da Cultura, deve ser acertada no início do ano."
PÚBLICO
A 30ª Bienal levou 456.953 visitantes ao pavilhão localizado no parque Ibirapuera. Falta, ainda, computar o público dos outros locais que abrigaram eventos da mostra, o que, segundo seus organizadores, deve acrescentar 60 mil pessoas ao cômputo geral, levando-o a perto de 520 mil.
Segundo Martins, cresceu o total de visitas espontâneas (o que, para ele, mostra "confiança da sociedade na Bienal") e caíram as visitas educativas, "por conta do congelamento das contas da Bienal, no início do ano".