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Gêmeos de um ano e meio morrem afogados em piscina
Lucas Henrique e Pedro Henrique foram achados na água desacordados
Mãe disse que havia deixado os meninos dormindo no quarto quando foi limpar a parte de baixo do imóvel
Dois gêmeos de um ano e seis meses morreram afogados no fim da tarde de anteontem na piscina do apartamento onde moravam, em Taboão da Serra (Grande São Paulo).
A mãe deles, Gisele Gomes de Carvalho Romano, 25, contou à polícia que limpava a casa quando ouviu vizinhos de um outro prédio, nos fundos do dela, gritando que os bebês estavam na piscina.
Segundo testemunhas, ela foi para a área externa do apartamento, onde há uma pequena piscina e uma churrasqueira, e avistou os dois meninos, Lucas Henrique e Pedro Henrique, dentro da água, já desacordados.
A mulher entrou em desespero e começou a gritar por socorro. Ao ouvir, o vizinho do apartamento ao lado pulou o muro que separa a área externa das duas residências e ajudou a retirá-los da água.
Os meninos foram levados a um hospital próximo, mas já chegaram sem vida.
A Folha não conseguiu falar com os pais das crianças.
Gisele tem uma filha de sete anos, que estava na escola quando tudo aconteceu.
DEPOIMENTO
À polícia, Gisele afirmou que havia deixado os meninos dormindo no quarto e foi limpar o andar de baixo do apartamento de dois andares.
Familiares dela contaram à reportagem que o quarto deles, no segundo andar, não tinha berços, pois a família se mudou havia menos de dois meses. Os gêmeos dormiam em um colchão.
Um deles já andava e o outro apenas engatinhava. A área externa era separada por uma porta de madeira, que a mãe disse estar aberta.
Para chegar à piscina, era preciso subir "dois ou três degraus", segundo o delegado Gilson Leite Campinas, que investiga o caso. Não havia nenhuma proteção separando a área da piscina.
"Os dois eram peraltas, do tipo de criança que você solta e já quer sair para a rua. Mas os pais eram muito atenciosos, foi uma fatalidade", disse o vizinho Márcio Costa, 31.
PERÍCIA
Na noite de anteontem, a perícia foi ao apartamento e apreendeu um travesseiro com marca de algo parecido com sangue e um frasco de remédio para combater febre. Para o delegado, tudo indica que foi uma fatalidade.
Ele diz que laudo inicial do Instituto Médico Legal aponta como provável causa de morte asfixia por afogamento.
O delegado aguardará o laudo final, que deve ficar pronto em um prazo de 15 a 30 dias, para concluir o inquérito.