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Justiça Eleitoral reprova contas de Haddad
Juiz questiona pagamentos da campanha do petista ao marqueteiro João Santana e a empresa de carros de som
Diretório municipal do PT também teve as suas contas rejeitadas; partido e prefeito eleito recorrerão das decisões
A Justiça Eleitoral reprovou a prestação de contas da campanha do prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 6ª Vara Eleitoral, considerou as contas "inconsistentes". O petista recorrerá da decisão.
Para o magistrado, houve irregularidade na contratação, por R$ 4,6 milhões, de uma empresa que forneceu carros de som e material publicitário para a campanha.
A AJM de Azevedo Eletrônicos-EPP está instalada em um imóvel de pequeno porte e, segundo Oliveira Filho, não teria capacidade de estocar o material que declara ter fornecido à campanha petista.
A empresa também não emitiu notas fiscais eletrônicas referentes ao serviço.
O juiz questionou ainda a emissão de 21 notas fiscais sequenciais, de R$ 1 milhão cada, pela Polis Propaganda & Marketing, empresa do marqueteiro João Santana.
Contratada por R$ 30 milhões, segundo a prestação de contas, a Polis recebeu
R$ 9 milhões ao longo da campanha. Na véspera do segundo turno, emitiu notas totalizando R$ 21 milhões, dívida que deverá ser paga pelo Diretório Municipal do PT.
FALTA DE PLANILHAS
Oliveira Filho afirmou que a ausência de planilhas descrevendo os serviços não permitem verificar a correspondência dos gastos com o trabalho realizado pela Polis.
A campanha de Haddad disse que juntará documentos para provar que a AJM e a Polis prestaram serviços.
A prestação de contas do Diretório Municipal do PT também foi rejeitada pelo juiz da 6ª Vara Eleitoral. Ele afirma que não foram declaradas uma doação que uma construtora fez ao partido e os serviços prestados por uma empresa de segurança.
O PT informou que vai recorrer da decisão.