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Ezequiel Pontes do Amaral (1980-2012)

Um jovem professor de música

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

O pai controlava os exercícios que Ezequiel Pontes do Amaral fazia. Só lhe era permitido uma caminhada leve. Até mesmo na infância o garoto teve de ficar longe dos esportes. O motivo: nascera com um sopro no coração.

Por isso, afastado das atividades físicas desde cedo, o rapaz nascido no Ipiranga, na zona sul, mas crescido em Itaquera, na zona leste de São Paulo, desenvolveu fortemente o lado musical, como lembra o pai, Nicodemo. "Tocava com o coração", ele diz.

Ezequiel começou na bateria, mas passou pela guitarra e contrabaixo. Seu forte, porém, era o teclado. Multi-instrumentista, passou a ensinar música em igrejas evangélicas, que frequentava desde criança, levado pelo pai.

Nicodemo trabalha com assoalhos e tacos, recuperando pisos de madeira. A mulher, Neusa, é dona de casa.

Após ter ajudado, por um tempo, o pai no serviço, Ezequiel conseguiu seu primeiro emprego no UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha), na área de cobrança. Nos últimos cinco anos, atuou na parte financeira de uma empresa que presta serviços para o Santander.

Era um rapaz educado e dedicado, como contam os amigos e os familiares.

No meio do ano, ficou noivo de Flávia, com quem planejava se casar no começo de 2013. Pensavam até em adquirir um apartamento da CDHU em Itaquera.

No domingo (9), passou na igreja, acompanhou a mãe à feira e, já em casa, enquanto observava as obras de um pedreiro no local, sentiu-se mal e morreu aos 32 anos, nos braços do pai, após sofrer um infarto fulminante.


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