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Aos 118 anos, baiana pode ser a mulher mais velha do mundo
A norte-americana Besse Cooper, que era mais idosa para o 'Guiness', morreu com 116 anos no início do mês
Eurides Fagundes, que vive em Salvador, diz ter conhecido Maria Bonita e Lampião, que nasceram depois dela
A baiana Eurides Fagundes completou 118 anos de idade dois dias após Besse Cooper, 116, considerada a mais velha do mundo pelo "Guinness", o livro dos recordes, morrer nos Estados Unidos, no início deste mês.
O nascimento em 6 de dezembro de 1894, que faz dela a mulher mais velha do mundo conhecida, está registrado numa certidão de nascimento e em um RG.
A certidão foi emitida em 1976 por ordem judicial. Ourisval Filho, oficial do cartório em que foi feito o registro, diz que o documento foi obtido, provavelmente, após apresentação de testemunhas e documentação. "É passível de erro, mas é mais provável que esteja certo."
Eurides diz não ter interesse em obter o registro de mais velha do mundo. "Pra que mexer nessas coisas", ri.
Vovó, como Eurides é conhecida, mora há 15 anos em uma associação de apoio a pacientes de câncer, onde foi deixada pela família quando teve câncer de colo de útero.
Ela permaneceu após se curar e mantém contato com um sobrinho.
"Ela ainda é tão lúcida que, às vezes, a gente até desconfia da idade", diz Maria Helena, 51, cozinheira do local.
Nascida em Salvador, nunca conheceu o pai, não se casou nem tem filhos. Cresceu com a mãe, sem poder "dançar e namorar".
Diz ter conhecido na Bahia Maria Bonita e Lampião, nascido quatro anos depois dela. "Moreno, de chapéu, fazia sucesso lá. Assustava toda a freguesia [a população]."