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Juan Luis Rivas Varela (1932-2012)

Escultor espanhol de imagens sacras

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Em Santiago de Compostela -a capital da Galiza, na Espanha, conhecida por sua catedral em estilo romântico e por ser um centro de peregrinação-, um escultor de arte sacra teve 12 filhos. Nove nasceram homens, e todos os homens se tornaram escultores.

Para que os filhos não competissem entre si, o pai achou que seria uma boa que alguns deles emigrassem. Dois foram para os EUA, um para a França e Juan Luis Rivas Varela desembarcou no Brasil em 1958 acompanhado do irmão Júlio.

Chamado de Espanhol ou apenas pelo sobrenome Rivas, Juan manteve por mais de 20 anos seu ateliê na rua Iguatemi, em São Paulo. Além de restaurar obras em madeiras, trabalhou na construção de igrejas e capelas.

Todo o altar da paróquia Santo Antônio, em Aldeia da Serra, é obra sua. Seus trabalhos também podem ser vistos na igreja Nossa Senhora do Brasil, no Jardim América.

Fez ainda trabalhos para a Opus Dei e capelas em fazendas, como lembra a filha, Andrea. Criou outras peças, fora da linha das imagens sacras, como cavalos de madeira. Seu trabalho era movido a cigarro.

Percorria antiquários e colecionava quadros, obras em marfim e santos antigos. Em seu ateliê, gostava de ensinar o que sabia aos aprendizes -a terceira geração da família não continuou a tradição.

Era tímido e dono de tiradas inteligentes, como conta a família. À Espanha, onde um irmão ainda hoje esculpe pedras, nunca mais voltou.

Estava internado com uma infecção. Casado com a espanhola Matilde, morreu na terça (11), aos 80 anos, devido a complicações pulmonares. Teve uma filha e um neto.


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