Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Lucivaldo Nazaré Tapajós Figueira (1937-2012)

Dr. Tapajós, médico e professor da USP

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Para alguns médicos do Sírio-Libanês, Lucivaldo Nazaré Tapajós Figueira, que esteve internado no hospital nos últimos dois meses, era um paciente especial. Muitos que cuidaram dele nesse período -incluindo sua cardiologista- tinham sido seus alunos.

Doutor Tapajós, como era conhecido, nasceu em Belém (PA), mas ainda pequeno foi para Fordlândia (criada no Pará pela Ford, no fim dos anos 20, para extração de borracha). O pai, agente dos Correios, tinha ido trabalhar lá.

Lucivaldo mudou-se aos dez anos para Santarém, para estudar, e depois foi fazer medicina na capital paraense.

Mais velho de uma família de nove irmãos, era considerado como um pai por eles. Brincavam que era o único médico de graça que eles tinham, pois cuidava de unha encravada a gravidez, como conta a irmã Maria Rosália.

Cirurgião gastro, mudou-se para São Paulo há cerca de 40 anos. Na USP, fez doutorado e deu aulas de anatomia.

Além de manter seu próprio consultório, prestava consultorias. Escreveu livros sobre anatomia e políticas públicas de saúde. Também foi diretor do hospital São Camilo, como lembra a família.

Era piadista e fazia imitações de personagens como Jô Soares e o cantor Roberto Caros. Tocava violão e piano, que aprendera de ouvido.

Ao longo da vida, sofreu três infartos, o primeiro aos 40, e passou a usar marcapasso. Tratava de um câncer linfático e ficou com a saúde debilitada pelas quimioterapias.

Morreu na segunda (17), aos 75. Deixa dois filhos, do primeiro casamento, e três netos. Nos últimos 20 anos, viveu com a segunda companheira.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página