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Praias de Noronha ganham até lojinha

Baías de Sancho e Sueste também têm trilhas acessíveis e lanchonete

Obras enfrentam críticas de que podem descaracterizar o arquipélago, conhecido como 'paraíso intocado'

MARIANA VERSOLATO DE SÃO PAULO

Quem desembarcar em Fernando de Noronha (PE) neste verão vai encontrar praias que receberam um banho de loja para oferecer mais conforto aos turistas.

Nas estruturas recém-inauguradas na ilha, batizadas de PICs (Posto de Informação e Controle), há trilhas e banheiros acessíveis, duchas, guarda-volumes e lanchonetes.

As novidades, por enquanto, se restringem às praias do Sancho e do Sueste, escolhidas devido ao grande número de visitantes que recebem.

O PIC Sancho Golfinho foi o primeiro a ser inaugurado, em setembro de 2012.

A entrada, distante da praia, é feita por uma loja de suvenir. A partir dali, o visitante caminha por trilhas elevadas que vão até o mirante dos Golfinhos, o mirante Dois Irmãos e a praia do Sancho, considerada uma das mais belas do país.

O PIC do Sueste foi aberto no fim do ano. Ao lado da praia, tem um deque com guarda-sóis, lanchonete, guarda-volumes e locação de equipamentos de mergulho.

Também ganharão as novas estruturas as praias do Leão, neste ano, e Atalaia, ainda sem data prevista.

O centro de visitantes também será reformado, assim como a trilha do Sancho para a baía dos Porcos.

Todas as obras são da EcoNoronha, empresa que venceu a concorrência para gerenciar a visitação no Parque Nacional Marinho de Noronha.

A administração do parque (70% da ilha) continua a cargo do ICMBio, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com Pablo Mórbis, gerente da EcoNoronha, serão investidos R$ 10 milhões durante 15 anos -cerca de R$ 7 milhões já foram gastos. A empresa foi criada pela Cataratas do Iguaçu S/A, que já é responsável pelo Parque Nacional do Iguaçu (PR).

PARCERIA

Segundo Ricardo Araújo, chefe do parque nacional, trata-se de um tipo de parceira público-privada. "É bom esclarecer que o parque nacional não foi privatizado. A EcoNoronha está atuando em uma pequena parte da visitação e só pode fazer o que está no edital, que foi fruto de anos de estudo."

Araújo afirma que as novas estruturas foram feitas para dar mais conforto aos turistas, mas também há objetivos ligados à preservação.

"As trilhas suspensas protegem a trilha de terra, que tende a ficar cada vez mais larga com a visitação."

As obras, porém, enfrentaram críticas. Construído ao lado da praia, o PIC do Sueste atrapalhava a visão para o mar e teve que ser demolido.

Há ainda quem tema que as estruturas possam descaracterizar as praias de Noronha, conhecidas por serem praticamente intocadas.

A EcoNoronha afirma que houve bom senso em melhorar apenas os pontos mais visitados da ilha e permitir o acesso às pessoas com dificuldade de locomoção.

"Tentamos não prejudicar ou mexer na parte rústica. O turista que vai a Noronha em busca desse aspecto ainda vai encontrá-lo", diz Mórbis.

Segundo Araújo, as reformas eram necessárias.


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