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Eletropaulo reajusta energia elétrica de residências em 8,6%
LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A tarifa de energia elétrica
vai ficar 8,63% mais cara para
os consumidores residenciais
da Eletropaulo a partir de sexta-feira. Para os grandes consumidores, como indústrias, o aumento vai variar de 7,08% a
7,98%.
A distribuidora atende a região metropolitana de São Paulo (24 municípios, 5,7 milhões
de unidades consumidoras).
O reajuste da tarifa foi aprovado ontem pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que considerou entre os
impactos o aumento da inflação medida pelo IGP-M (Índice
Geral de Preços ao Mercado) e
a ativação das usinas termelétricas, no fim de 2007, por conta da falta de chuvas.
O aumento dos preços vai pesar no orçamento porque, além
de vir acompanhado de outras
altas, inverte uma tendência de
baixa nos custos do consumo
de energia elétrica. No ano passado, a correção da tarifa da
Eletropaulo foi negativa em
12,66%. Naquela ocasião, em
vez do reajuste, a empresa passou por um processo de revisão
tarifária, que acontece em média de quatro em quatro anos.
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de
Mercado) foi o fator principal a
pesar. Na análise do cálculo que
compõe o reajuste, a Aneel considerou que a variação do IGP-M dos últimos 12 meses terminados em junho foi de 13,44%.
Nos 12 meses encerrados em
junho do ano passado, o percentual havia sido de 3,89%.
Por causa desse e de outros
impactos, a Eletropaulo havia
solicitado à agência autorização para aumentar a tarifa em
11,10%. Ao comentar o reajuste
abaixo do solicitado, a vice-presidente para assuntos regulatórios da Eletropaulo, Sheilly
Contente, avaliou que o percentual dado pela Aneel está
dentro dos parâmetros acertados em contrato.
Sheilly Contente acrescentou que a avaliação de alguns
componentes da tarifa podem
ser alterados após a audiência
pública que a Aneel realiza para
verificar a metodologia usada
no cálculo da tarifa da Eletropaulo.
O presidente da Aneel, Jerson Kelman, disse que o reajuste é menor que o percentual
proposto pela concessionária,
mais baixo que a inflação medida pelo IGP-M e que é uma
simplificação considerar que a
variação por esse indicador seja
o único fator importante na
correção.
Kelman também ressaltou
que, se não fosse necessário
manter todas as usinas térmicas funcionando entre janeiro e
março deste ano, o reajuste teria sido de 6,9%. No relatório
utilizado pela agência, o custo
das térmicas para a Eletropaulo
passou de R$ 812 mil para R$
103 milhões.
O impacto do aumento de
8,63% no reajuste da eletricidade para o consumidor será de
0,35 ponto percentual no índice da Fipe, segundo Heron do
Carmo, da FEA-USP. Sobre o
IPCA, o economista estima um
efeito entre 0,11 e 0,12 ponto
percentual.
Colaborou MAURO ZAFALON , da Redação
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