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Pior momento ficou para trás, afirma Mantega
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, o pior da inflação já passou. "Nas últimas
quatro semanas, o petróleo
caiu 15%. As commodities agrícolas também recuaram. E, se
você pegar os índices brasileiros, todos estão com redução
do ímpeto inflacionário: o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], o IPC-S [Índice
de Preços ao Consumidor Semanal] em seis semanas consecutivas, o IPC-Fipe [Índice de
Preços ao Consumidor da cidade de São Paulo]. Acho que já há
uma reversão desse ciclo", afirmou ele em entrevista coletiva
à imprensa após participar de
encontro com empresários na
capital paulista.
Entre as medidas adotadas
pelo governo para segurar os
preços, Mantega citou a elevação do IOF (Imposto sobre
Operações Financeiras), do
compulsório para operações de
leasing de veículos e dos juros.
No entanto, o ministro não quis
comentar se o arrefecimento
das pressões inflacionárias permitirá uma diminuição do ritmo de aumento da taxa Selic
por parte do Banco Central. "Se
foi adequada ou não a política
monetária, você tem que perguntar ao Banco Central, e não
a mim. Se ele fez, deve achar
que é", disse.
Tais providências, de acordo
com Mantega, tiveram como
objetivo moderar o crescimento do país, mas não acabarão
com o atual ciclo de avanço sustentável. "Colocamos a economia brasileira em um patamar
adequado: com crescimento
robusto, de 4,5%, 5% [ao ano],
porém não exagerado, que gere
inflação." Por isso, na sua opinião, o ideal é que o volume de
crédito no país fique em torno
de 20% do PIB (Produto Interno Bruto), e não acima de 30%,
como foi observado no primeiro semestre.
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