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Petrobras transfere para a BA operações financeiras
Gabrielli é do Estado; empresa
nega fator político na escolha
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras decidiu instalar
um centro que transferirá a
maior parte de suas operações
financeiras para Salvador. A
Bahia é o Estado de origem do
presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, e governado pelo
petista Jaques Wagner.
Batizada de Centro de Operações Financeiras da Petrobras, a unidade concentrará todas as atividades operacionais
dessa área em um mesmo local,
cuidando "dos processos transacionais" do setor de contabilidade, do financeiro e do tributário, segundo a estatal. A diretoria e as gerências desses setores permanecerão instaladas
na sede da empresa, no Rio.
A companhia nega que a escolha de Salvador tenha relação
com o fato de o presidente da
empresa ser baiano -filiado ao
PT, Gabrielli já disputou o governo do Estado, mas diz atualmente que não se candidatará
mais a cargo eletivo.
Trata-se de uma tendência
na indústria do petróleo e em
outros setores a de concentrar
suas atividades financeiras
num único local, com o objetivo
de reduzir custos e simplificar
tarefas, de acordo com a estatal.
Segundo a Petrobras, foram
realizadas pesquisas para definir a localização do novo centro, que começou a funcionar
no último dia 7. A estatal investigou disponibilidade de moradia, custo e qualidade de vida de
algumas cidades e fez uma votação entre funcionários para
saber qual local era o preferido.
Salvador foi a cidade mais lembrada, entre Vitória, São Paulo,
Macaé, Natal, Aracaju e Manaus -municípios onde a companhia já tem unidades administrativas.
De acordo com o diretor financeiro da Petrobras, Almir
Barbassa, todos esses pontos
foram considerados antes de a
empresa escolher Salvador para montar o novo centro.
Na capital baiana, todas as
operações de contas a pagar e
receber e cobrança, entre outras atividades -hoje dispersas
em várias áreas da companhia-, serão centralizadas.
Para abrigar o centro, a estatal alugou um edifício de 11 andares na Pituba, bairro nobre
de Salvador. Alguns funcionários se mudaram para a capital
baiana. A expectativa é que até
o final do ano 200 pessoas estejam trabalhando no local.
Com o crescimento das atividades da companhia, a previsão
é que o efetivo chegue a 600
funcionários.
A estatal informou que a mudança dos funcionários foi voluntária. Ninguém foi obrigado
a migrar para a cidade. Os que
preferiram ficar no Rio serão
aproveitados em outras áreas.
Para preencher todas as vagas,
a estatal irá contratar mão-de-obra local.
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