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MERCADO ABERTO
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Bolsa brasileira foi a que mais caiu nos últimos três meses
A Bolsa brasileira deixou de
ser a vedete do mercado de
ações entre os países da América Latina e os Estados Unidos.
Nos últimos três meses, o Ibovespa foi o que mais caiu no
continente. As perdas somam
23,3%.
Já em agosto, o Ibovespa registrou o segundo pior resultado, com uma queda de 6,4%. A
Bolsa que mais caiu foi a da Argentina, com uma rentabilidade negativa no mês de 7,4%. Os
cálculos foram feitos pela Economática.
No ano, a Bolsa brasileira,
que vinha sendo o destaque até
maio, caiu para a sexta colocação, com uma queda de 12,8%
nos primeiros oito meses. Abaixo do Brasil, com perdas maiores, estão Colômbia, Estados
Unidos (Dow Jones), Argentina e Peru.
O grande destaque passou a
ser a Bolsa da Venezuela, que
apresentou melhor desempenho nos últimos três meses (valorização de 17,4%) e no ano
(7,4%). Foi a única Bolsa que fechou no azul no ano e nos últimos três meses.
"O Chávez [presidente da Venezuela, Hugo Chávez] está
sempre na contramão. Quando
todas as Bolsas sobem, a Bolsa
venezuelana cai e vice-versa",
afirma Einar Rivero, da Economática.
A perda da Bolsa brasileira
acima dos outros países do continente se deve ao peso que têm
as ações da Petrobras e da Vale
no índice. O desempenho das
duas empresas foi fortemente
afetado pela queda nos preços
das commodities no mundo inteiro.
"É o preço que pagamos de
ter uma Bolsa muito concentrada em empresas do setor
primário", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da
Gradual Corretora.
De acordo com Pedro Paulo
Silveira, os preços das commodities são muito sensíveis, o
que faz com que as ações das
empresas produtoras de matérias-primas também tenham
esse mesmo comportamento.
Até maio deste ano, as commodities subiram bastante de
preço, o que fez com que a Bolsa brasileira apresentasse o
melhor desempenho no continente. O quadro mudou, no entanto, e a Bolsa sentiu essa guinada. A dúvida é saber até quando.
"Não me surpreenderia se a
Bolsa caísse mais um pouco",
diz Pedro Paulo Silveira.
VÍTIMAS DA MODA
A edição de agosto da
revista "Vogue India" gerou polêmica ao usar indianos miseráveis como
modelos em ensaio com
peças de marcas como
Fendi, Hermès e Burberry. Segundo o "New
York Times", às acusações de mau gosto que recebeu da mídia indiana a
editora da revista, Priya
Tanna, respondeu que em
moda não se pode levar
tudo a sério. Quase metade do povo indiano vive
com menos de US$ 1,25
ao dia -um guarda-chuva
na foto da revista custa
cerca de US$ 200. O país
tem um mercado crescente para consumo de luxo.
MARÉ
A Santos Brasil, companhia de terminal de contêineres, investirá R$ 283 milhões em sua nova operação,
em Imbituba, em SC. Com
isso, o montante investido
pela empresa em sistemas,
operações e instalações chega a R$ 1,3 bilhão nos últimos dez anos.
AVIAÇÃO
ANAC AUTORIZA EMPRESAS DOS EMIRADOS ÁRABES A VOAR PARA O BRASIL
A Etihad Airways, a Air Arabia e a RAK Airways, dos Emirados Árabes, foram autorizadas pela Anac a voar para o Brasil. As rotas não foram definidas, mas elas serão concorrentes da Emirates, que faz o vôo SP-Dubai. A renegociação
do acordo com autoridades árabes fará que o número de
vôos de passageiros e de carga para as quatro empresas passe de 14 para 22 por semana -até 2010, serão mais 20 vôos.
Empresas brasileiras também poderão voar para o país.
NA ESTRADA
A C&A deve inaugurar
aproximadamente 20 lojas
neste ano. No Estado do Rio
de Janeiro, serão sete unidades abertas. Também haverá
novas lojas em cidades de
São Paulo, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco,
Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.
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