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Bolsa de Nova York entra em "bear market"
DA REDAÇÃO
Depois de passar os últimos
pregões rondando o "bear market", o índice Dow Jones, o
principal da Bolsa de Nova
York, entrou oficialmente no
território que marca queda de
ao menos 20% desde o seu pico
histórico. A Nasdaq, que reúne
empresas de alta tecnologia,
também já caiu mais de 20%
desde o seu nível máximo.
Com a queda de 1,46% de ontem, o índice formado pelas 30
principais companhias americanas já se desvalorizou em
20,82% desde 9 de outubro do
ano passado, quando atingiu o
seu nível máximo. O Dow Jones fechou ontem a 11.215,51
pontos (menor nível desde 14
agosto de 2006) e há analistas
que estimam que ele terminará
o ano em 10 mil pontos. No ano,
ele acumula perdas de 15,45%.
A Nasdaq caiu 2,32% ontem e
já retrocedeu 21,25% desde o
seu maior nível, em 31 de outubro do ano passado. O S&P 500
(mais amplo, reúne 500 companhias) também está próximo
do "bear market": teve queda
de 19,4% desde o seu pico, em 9
de outubro de 2007. Ontem, ele
se desvalorizou em 1,82%.
A queda de ontem foi atribuída principalmente ao relatório
do Merrill Lynch que não descartou que a GM entre em concordata; à alta do preço do petróleo e às preocupações com o
mercado de trabalho americano e com o possível corte de juros do Banco Central Europeu.
O petróleo também contribuiu para o dia ruim do mercado, subindo quase 2% e se aproximando dos US$ 144.
Hoje serão divulgados os dados de emprego nos EUA e a decisão sobre os juros nos 15 países que usam o euro como moeda. A expectativa é que a entidade eleve a taxa, aumentando
o valor do euro ante o dólar.
A previsão é a de que os dados
de desemprego do mês passado
sejam ruins -a consultoria
ADP estima que o setor privado
tenha cortado 79 mil postos de
trabalho em junho. Nos cinco
primeiros meses do ano, o mercado (incluindo o setor público) cortou 324 mil vagas e a taxa de desemprego chegou a
5,5% em maio, seu maior nível
desde junho de 2004.
Japão
O índice Nikkei 225, o principal da Bolsa de Tóquio, caiu ontem pelo décimo dia seguido,
na sua maior seqüência de quedas em 43 anos. Nesse período,
ele se desvalorizou em 8,1%
-ontem, ele retrocedeu 1,3%.
Apesar da desvalorização nos
últimos dias, a Bolsa de Tóquio
não está entre as que mais perderam neste ano. Ela acumula
queda de cerca de 13%. Xangai
já perdeu quase 50%, e Frankfurt e Paris, mais de 20%.
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