|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Rali de locomotivas aumenta produtividade em 70% no porto
DA REPORTAGEM LOCAL
A Portofer organiza desde
março uma competição inédita
no porto de Santos: o rali de locomotivas ou rali de manobras.
A idéia é simples. A dupla que
mais movimentar trens e vagões pode ganhar um salário
adicional no fim do ano. São
duas competições, uma trimestral e outra anual.
O objetivo, claro, é ampliar o
número de trens que circulam
no porto. Deu certo. A produtividade dos 50 maquinistas e 50
operadores que se revezam no
arrasto dos trens e vagões pelos
cem quilômetros de trilhos no
porto santista já supera os 70%
se comparados aos números
médios do ano passado.
A competição resultou num
aumento substancial do número de vagões arrastados diariamente na área portuária. Somadas as manobras feitas em
composições das três ferrovias
que chegam e saem com cargas
de Santos (ALL, MRS e FCA), a
movimentação diária média de
vagões já alcança 600 unidades.
A quantidade de vagões arrastados antes do rali não passava
de 350 diariamente.
"É uma corrida mesmo. Ninguém quer ficar parado esperando uma ordem para juntar
vagões já descarregados dentro
dos terminais ou ficar esperando ser indicado para levar uma
composição inteira até um terminal de açúcar ou de grãos",
explica Eberson Madureira,
companheiro do maquinista
João Carlos Pinheiro Amancio.
Madureira e Amancio são os
"Schumachers" da Portofer: os
atuais campeões do primeiro
trimestre de competições entre
maquinistas e operadores. Os
dois também já lideram, com
mais de mil pontos de vantagem, a etapa atual da competição, que termina no final de setembro.
A Portofer conta com 15
olheiros espalhados pelos terminais do porto. Quando um
vagão é descarregado, o "olho-vivo" liga para a central de operações e pede uma locomotiva
para juntar os vagões e levá-los
ao pé da serra. O problema, diz
Madureira, é a competição com
os caminhões.
Não raro, caminhões estacionam as carretas sobre as linhas
fechando a passagem das locomotivas. "Isso acontece toda
hora, já bati boca com vários caminhoneiros por causa disso.
Quando não tem jeito, a gente
chama a Guarda Portuária. Já
cansei de ver caminhão sair
guinchado da linha", conta.
(AB)
Texto Anterior: Transporte de passageiro é gargalo em SP Próximo Texto: Vinicius Torres Freire Índice
|