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Mercados esfriam, e Bolsa de SP recua 0,08%
Dólar sobe a R$ 1,844; BC
apresenta hoje ata do Copom
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A trégua que marcou os primeiros pregões do mês no mercado financeiro durou muito
pouco. Ontem as Bolsas de Valores voltaram ao vermelho, e o
dólar recuperou parte do valor
perdido nos pregões anteriores. A BM&FBovespa não encontrou forças para seguir rumo distinto. Apesar de ter chegado a subir 0,27% no melhor
momento do dia, encerrou as
operações com leve depreciação de 0,08%. Aos 67.108 pontos, o índice Ibovespa registra
perdas de 2,16% no ano.
O dólar, depois de bater em
R$ 1,818 na mínima do dia,
atraiu compradores e alcançou
os R$ 1,844 no fim das operações, após subir 0,77%.
Os investidores demonstraram ontem maior pessimismo
com os problemas fiscais enfrentados na zona do euro. A
aprovação do plano fiscal da
Grécia não esfriou as tensões,
pois o mercado ainda está cético em relação a seu sucesso.
O mercado acionário europeu enfrentou um dia pior que
o vivido em Wall Street. Na
Grécia, a Bolsa recuou 1,9%.
Em Frankfurt, a desvalorização
foi de 0,66%. Londres registrou
perdas de 0,57%. Nos EUA, o
Dow Jones caiu 0,26%.
Hoje a Europa volta suas
atenções às decisões do Banco
Central Europeu e do Banco da
Inglaterra sobre suas taxas de
juros. Já os investidores americanos estarão atentos aos índices de produtividade e custo da
mão de obra, além de números
de encomendas à indústria.
Apesar do dia fraco, não faltaram ações com altas mais fortes na BM&FBovespa. O maior
ganho do pregão ficou com o
papel ON da OGX, que avançou
6,14%, embalado pela informação de que a empresa realizou
testes favoráveis em um poço
na bacia de Campos.
Dentre os papéis que não
pertencem ao Ibovespa, a ação
da Telebrás voltou a se destacar, com um salto de 20%.
Ontem a Multiplus informou
que suas ações estreantes sairão por R$ 16, abaixo do piso da
faixa estimada pelos coordenadores da operação, que era de
R$ 18 a R$ 24. Isso indica que a
demanda por novos papéis não
está tão aquecida quanto alguns esperavam.
Hoje os investidores brasileiros estarão especialmente
atentos à apresentação da ata
da última reunião do Copom. O
documento trará explicações
para a taxa básica Selic ter sido
mantida em 8,75% ao ano.
Além disso, espera-se que o
BC dê sinais sobre quando a Selic começará a subir. "Maiores
dicas quanto ao grau de desconforto do Copom quanto ao cenário inflacionário podem aparecer na ata. Não se pode descartar que o Copom tenha que
iniciar o ciclo de alta na próxima reunião, caso o cenário
prospectivo para a inflação
apresente deterioração até lá",
diz Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia.
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