São Paulo, quinta-feira, 04 de fevereiro de 2010

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Mercados esfriam, e Bolsa de SP recua 0,08%

Dólar sobe a R$ 1,844; BC apresenta hoje ata do Copom

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A trégua que marcou os primeiros pregões do mês no mercado financeiro durou muito pouco. Ontem as Bolsas de Valores voltaram ao vermelho, e o dólar recuperou parte do valor perdido nos pregões anteriores. A BM&FBovespa não encontrou forças para seguir rumo distinto. Apesar de ter chegado a subir 0,27% no melhor momento do dia, encerrou as operações com leve depreciação de 0,08%. Aos 67.108 pontos, o índice Ibovespa registra perdas de 2,16% no ano.
O dólar, depois de bater em R$ 1,818 na mínima do dia, atraiu compradores e alcançou os R$ 1,844 no fim das operações, após subir 0,77%.
Os investidores demonstraram ontem maior pessimismo com os problemas fiscais enfrentados na zona do euro. A aprovação do plano fiscal da Grécia não esfriou as tensões, pois o mercado ainda está cético em relação a seu sucesso.
O mercado acionário europeu enfrentou um dia pior que o vivido em Wall Street. Na Grécia, a Bolsa recuou 1,9%. Em Frankfurt, a desvalorização foi de 0,66%. Londres registrou perdas de 0,57%. Nos EUA, o Dow Jones caiu 0,26%.
Hoje a Europa volta suas atenções às decisões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra sobre suas taxas de juros. Já os investidores americanos estarão atentos aos índices de produtividade e custo da mão de obra, além de números de encomendas à indústria.
Apesar do dia fraco, não faltaram ações com altas mais fortes na BM&FBovespa. O maior ganho do pregão ficou com o papel ON da OGX, que avançou 6,14%, embalado pela informação de que a empresa realizou testes favoráveis em um poço na bacia de Campos.
Dentre os papéis que não pertencem ao Ibovespa, a ação da Telebrás voltou a se destacar, com um salto de 20%.
Ontem a Multiplus informou que suas ações estreantes sairão por R$ 16, abaixo do piso da faixa estimada pelos coordenadores da operação, que era de R$ 18 a R$ 24. Isso indica que a demanda por novos papéis não está tão aquecida quanto alguns esperavam.
Hoje os investidores brasileiros estarão especialmente atentos à apresentação da ata da última reunião do Copom. O documento trará explicações para a taxa básica Selic ter sido mantida em 8,75% ao ano.
Além disso, espera-se que o BC dê sinais sobre quando a Selic começará a subir. "Maiores dicas quanto ao grau de desconforto do Copom quanto ao cenário inflacionário podem aparecer na ata. Não se pode descartar que o Copom tenha que iniciar o ciclo de alta na próxima reunião, caso o cenário prospectivo para a inflação apresente deterioração até lá", diz Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia.


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