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Rotariano tenta vetar "síndico profissional"
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fundação de Rotarianos
de São Paulo contesta na Justiça a nomeação do juiz aposentado William Lima Cabral, 51, para síndico dativo
da falência do Banco Lavra.
A lei atual determina que o
síndico não pode ser nomeado para o encargo pelo mesmo juiz mais de uma vez no
período de um ano. Cabral
atua como síndico há quatro
anos e responde por 350 falências em São Paulo.
A fundação sustenta ser a
maior credora no foro da falência e alega que a nomeação não respeitou o dispositivo legal de consulta prévia
aos maiores credores.
Em fevereiro, a fundação
impugnara a nomeação de
Cabral pela juíza Jane Bertolini Serra, da 40ª Vara Cível.
O juiz Maurício Silva Velho entendeu que houve erro
material e retificou parte da
sentença de Serra. Mas manteve a nomeação de Cabral.
A fundação diz que o juiz
aposentado não tem estrutura para administrar a massa, "tanto que pediu antecipação de honorários e pretende contratar advogados".
Outro lado
"Nenhum credor se habilita a ser síndico", diz Cabral.
Ele tem escritório em cinco
salas num prédio próximo
ao Fórum João Mendes
(centro de SP), onde diz
manter equipe de seis advogados e nove funcionários.
Ele afirma que o liquidante
do Lavra não fez a publicação do quadro de credores,
como manda a lei em casos
de liquidação pelo BC.
O juiz aposentado diz que
a juíza Jane Serra considerou
a lista de credores como habilitados na falência. Diz que
dois credores médios pediram sua manutenção.
Cabral alega que a falência
do Lavra não ocuparia 5%
de sua estrutura. Ele diz que
tem apenas duas falências de
grande porte: Construtora
Alfredo Mathias e Interinvest. Como falências médias,
cita Aerosol do Brasil, Aquatec, Banco Lavra, Expansão,
Fripardo, Hospital Cristo
Rei, Macotec, Mathias Engenharia e Trol.
Ele confirma que pediu 50
salários mínimos mensais
como antecipação de honorários na falência do Lavra.
"Trabalho de graça a troco
do quê?" Diz que seu patrimônio diminuiu ao deixar a
magistratura.
(FV)
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