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Estratégia para elevar exportação terá R$ 34 bi
Recursos estavam previstos e incluem obras do PAC na melhoria dos portos
Ampliação do acesso
a mercados, principal reivindicação da indústria
e do campo, receberá apenas R$ 9,6 milhões
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reação à competição cada
vez mais acirrada no mercado
global, o Ministério do Desenvolvimento divulgou ontem a
Estratégia Brasileira de Exportação, compilando iniciativas
da nova política industrial e
criando mecanismos para a fiscalização das propostas.
Ao todo, R$ 34 bilhões serão
gastos para estimular a venda
de bens e serviços brasileiros
para o exterior -o dinheiro já
estava previsto e inclui obras
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na melhoria de portos.
O governo classificou R$ 21
bilhões para o aumento da
competitividade dos produtos
brasileiros, com crédito para
empresas e melhoria da infra-estrutura logística. As obras do
PAC entram nesse quesito.
A estratégia diz que R$ 4,2 bilhões serão usados para agregar
valor às exportações, por meio
de incentivos à inovação e financiamento de cadeias produtivas. A capacitação de micro e
pequenas empresas terá R$ 8,3
bilhões, e as exportações de
serviços, R$ 1 bilhão.
Todo o dinheiro será destinado por linhas e programas já
existentes ou previstos no Orçamento de 2009.
Já a ampliação do acesso a
mercados, principal reivindicação tanto da indústria quanto
do campo, receberá apenas R$
9,6 milhões, para negociação de
acordos, produção de inteligência comercial, incentivos para a
internacionalização de empresas e superação de barreiras
não-tarifárias.
O documento estabelece como prioridade a negociação de
acordos comerciais com Conselho de Cooperação do Golfo,
Marrocos, Egito, Turquia, Jordânia, União Européia, México,
Índia, União Aduaneira da África do Sul e Rússia.
Os EUA, que são a maior economia e os maior consumidores de importados do mundo,
não são listados como prioridade. O país aparece como 1 entre
17 alvos de promoção comercial da Apex (Agência Brasileira
de Promoção de Exportações e
Investimentos).
O objetivo da estratégia é tornar mais transparente o acompanhamento das medidas do
governo. O documento alinha
consensos de 40 órgãos do governo, para evitar críticas públicas como as feitas pelo ministro da Agricultura, Reinhold
Stephanes, contra o Itamaraty
durante a última reunião da
Rodada Doha.
A meta é atingir 1,25% do comércio mundial -que hoje
eqüivaleria a US$ 210 bilhões-
e elevar em 10% o número de
micro e pequenas empresas exportadoras. As exportações
brasileiras nos últimos 12 meses fecharam em US$ 189,9 bilhões. Entre 2003 e 2007, o número de micro e pequenas exportadoras cresceu 26%.
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