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Para Greenspan, BC americano não pode ser "cofrinho mágico"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O ex-presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central
dos EUA) Alan Greenspan defende agora que o governo tenha outros instrumentos para
lidar com empresas em estado
de insolvência, além do próprio
BC americano.
Segundo ele, apesar da ajuda
ao banco Bear Stearns, em março, e da possível intervenção
nas gigantes do mercado hipotecário Fannie Mae e Freddie
Mac, o Fed não pode ser visto
como "um cofrinho de porco
mágico". O antecessor de Ben
Bernanke no BC americano
afirma que os Estados Unidos
abandonaram há muito tempo
a idéia de que as crises devem
ser resolvidas unicamente pelos mercados, por isso a necessita de de novos instrumentos.
Conhecido pela posição cautelosa em relação ao controle
do Estado sobre a economia,
Greenspan sugeriu que o Congresso deva dar ao governo novos poderes, de forma a proteger o dinheiro dos contribuintes de eventuais perdas.
Para ele, deveria ser formada
uma equipe especial, com ampla autoridade, para determinar se uma companhia em crise
oferece perigo à economia
americana. Em caso positivo,
ela deveria ser fechada.
"Nós precisamos de leis que
especifiquem e limitem as condições de salvamento de empresas. Leis que autorizem o
Tesouro a usar o dinheiro do
contribuinte contra crises financeiras de forma transparente e direta, em vez de fazê-lo
de modo tortuoso, assim como
fez o Fed depois do colapso do
Bear Stearns", afirma o ex-presidente do Fed em epílogo para
nova edição de seu livro "A Era
da Turbulência: Aventuras em
um Novo Mundo".
Ele prevê a formação de um
grupo para procurar sanar as finanças de uma companhia antes que seus ativos sejam vendidos. Ainda assim, diz, o custo
para o contribuinte ainda seria
motivo de preocupação, embora pudesse ser minimizado.
Grande Depressão
O economista da Universidade Yale Robert Shiller disse que
a queda nos preços de imóveis
pode ser pior do que na Grande
Depressão.
Segundo ela, na crise do século passado, os preços das casas
caíram 30% nos EUA, enquanto na atual a desvalorização já é
de 20% e a tendência é que a
piora continue.
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