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Números do IPCA serão observados com atenção
Resultado do índice pode levar BC a aumentar os juros
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana terá na divulgação
do IPCA seu grande momento
para o mercado brasileiro. A
ameaça inflacionária voltou a
incomodar, e o mercado ainda
trabalha com a possibilidade de
os juros subirem mais que a
projeção atual. Assim, caso o
IPCA fique acima do esperado,
poderá aumentar o pessimismo do mercado.
O índice de inflação sairá na
quinta-feira, e o mercado projeta que tenha ficado em torno
de 0,78% no mês passado. O
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é medido pelo
IBGE e é o índice de inflação
utilizado para monitorar a meta oficial do BC. Se a inflação
subir acima das projeções, poderá levar o Banco Central a
elevar os juros ainda mais.
"No cenário doméstico, a
atenção do mercado estará voltada para o IPCA, índice decisivo para o comportamento futuro da política monetária do
país. A volatilidade deverá persistir neste começo de segundo
semestre, principalmente com
o início da temporada de balanços corporativos", disse Marcelo Moreira, da Coinvalores.
Outros índices de preços serão conhecidos nos próximos
dias, como o IGP-DI do mês
passado, na quarta-feira, e o
IPC da Fipe, na sexta-feira.
Nos EUA, dois discursos de
Ben Bernanke, presidente do
Fed (Federal Reserve, o banco
central americano), estão na
agenda. Um ocorrerá amanhã,
e o outro, na quinta-feira. A
economia norte-americana está no centro das preocupações
de analistas e investidores, o
que eleva a relevância dos pronunciamentos de Bernanke.
"O presidente do Fed, Ben
Bernanke, fará dois discursos
ao longo da semana, com destaque para o testemunho a ser
realizado no comitê de serviços
financeiros da Câmara, na
quinta. O primeiro discurso será realizado na terça-feira. Bernanke abordará o tema regulação e estabilidade financeira
nos dois eventos. A semana
contará ainda com a decisão de
política monetária do Banco da
Inglaterra [o banco central britânico], na quinta-feira. O mercado espera que o BC britânico
mantenha a taxa básica de juros em 5% ao ano", afirma Elson Teles, economista-chefe da
corretora Concórdia.
O mercado acionário vive um
momento de perdas relevantes
pelo mundo. Em Nova York, o
índice Dow Jones está com desvalorização anual acumulada
de 14,90%; em Londres, as perdas chegam a 16,04%; em Tóquio, o índice Nikkei amarga
baixa de 13,52% neste ano. E,
no Brasil, a Bovespa tem depreciação de 7,08% no ano.
Nesse clima negativo, o futuro dos juros nas principais economias do mundo é bastante
relevante. Se um novo ciclo de
elevação das taxas for iniciado,
as Bolsas poderão perder ainda
mais investidores.
A agenda norte-americana
traz ainda vários dados econômicos que podem mexer com o
mercado financeiro.
A divulgação dos estoques de
petróleo e derivados dos EUA,
na quarta-feira, pode ter impacto nos preços do combustível, que romperam na semana
passada o teto dos US$ 145 por
barril e têm assustado o mundo. Isso porque o petróleo em
alta pode se reverter em mais
pressão inflacionária, além de
ser um risco para o enfraquecimento das economias.
A agenda americana ainda
trará dados de crédito ao consumidor no país, venda de imóveis e solicitação de empréstimos hipotecários -dados que
dão sinais importantes de como está o ritmo da principal
economia do mundo.
Para fechar a semana, vão ser
conhecidos na sexta-feira, nos
EUA, os dados sobre os preços
de importados e o índice de
confiança do consumidor, da
Universidade de Michigan.
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