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Apoiada em Petrobras, Bovespa tem alta de 1,9%
Dólar, que já subiu 0,96% neste mês, fecha a R$ 1,578
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A depreciação recente das
ações da Petrobras atraiu os investidores ontem. Assim, mesmo com o petróleo em leve baixa no exterior, os papéis da empresa terminaram em alta e
ajudaram a Bolsa de Valores de
São Paulo a encerrar o pregão
com valorização de 1,9%.
As ações da Petrobras iniciaram o pregão de ontem com
desvalorização acumulada de
mais de 22% em apenas um
mês. Desde que os papéis começaram a se depreciar, em
muito devido à queda do petróleo no mercado internacional,
analistas têm avaliado que o
preço da ação da petrolífera estava ficando barato em comparação às expectativas de resultados favoráveis à companhia.
No pregão de ontem, as ações
da Petrobras, após mais de 20
mil negócios realizados, subiram 3,41% (preferenciais) e
2,67% (ordinárias).
O petróleo encerrou em Nova York vendido a US$ 118,58,
em baixa de 0,50%. Há um mês,
o barril do produto chegou a ser
negociado acima de US$ 145.
Para o mercado acionário
norte-americano, o enfraquecimento do petróleo tem sido algo positivo. Isso porque, se o
produto sobe muito, torna-se
um novo foco de indesejável
pressão inflacionária. Com o
atual alívio dado pelo produto,
a Bolsa de Nova York está com
desempenho positivo no mês,
com alta acumulada de 2,44%.
Já a Bovespa, que tem na
ação da Petrobras a sua mais
importante influência, está
com queda de 3,3% em agosto.
Ontem a Bolsa paulista encerrou aos 57.542 pontos, número
bem distante de seu pico de
73.516 pontos registrados em
20 de maio.
O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações norte-americanas de maior liquidez, teve alta
mais modesta ontem, de 0,35%.
A Bolsa eletrônica Nasdaq, dos
papéis de companhias de alta
tecnologia, conseguiu ter um
resultado mais forte e fechou
com ganhos de 1,21%.
O resultado trimestral melhor que as projeções obtido
pela Cisco Systems favoreceu
as Bolsas nos EUA. A empresa
viu suas ações subirem 5,65%.
Já a financiadora hipotecária
Freddie Mac anunciou prejuízo
trimestral superior a US$ 820
milhões. Suas ações recuaram
19,28%. As ações da Fannie
Mae, que atua no mesmo segmento, perderam 14,71%.
Recuperação
Para o resultado positivo da
Bolas, a recuperação das ações
da Vale também pesou. Após o
fechamento do pregão, a Vale
anunciou que teve lucro de R$
4,573 bilhões no segundo trimestre (leia à pág. B8).
No fim do dia, a ação preferencial "A" da Vale, que foi a
mais negociada no pregão de
ontem, marcava alta de 1,85%;
seu papel ordinário ganhou
1,36%. Se depender da queda
acumulada em 2008, as ações
da Vale têm muito o que se recuperar. O papel PNA da companhia registra uma queda
anual de 27,04%, e o ON já caiu
28,34% em 2008.
As ações de bancos voltaram
a ter resultados favoráveis ontem na Bovespa. O destaque ficou com Unibanco UNT, que
subiu 4,14%. O banco anuncia
seu balanço trimestral hoje.
O dólar voltou a ter pequena
apreciação diante do real. Na
esteira da recuperação que vem
tendo no exterior, o dólar encerrou ontem com alta de
0,25% diante do real, vendido a
R$ 1,578. No mês, a moeda passou a ter apreciação de 0,96%.
Hoje o mercado internacional estará atento às decisões
dos bancos centrais europeu e
da Inglaterra. A expectativa é
que as autoridades monetárias
mantenham suas taxas básicas
de juros inalteradas, como o
Fed (o banco central dos EUA)
fez na última terça-feira.
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