São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2008

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Apoiada em Petrobras, Bovespa tem alta de 1,9%

Dólar, que já subiu 0,96% neste mês, fecha a R$ 1,578

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A depreciação recente das ações da Petrobras atraiu os investidores ontem. Assim, mesmo com o petróleo em leve baixa no exterior, os papéis da empresa terminaram em alta e ajudaram a Bolsa de Valores de São Paulo a encerrar o pregão com valorização de 1,9%.
As ações da Petrobras iniciaram o pregão de ontem com desvalorização acumulada de mais de 22% em apenas um mês. Desde que os papéis começaram a se depreciar, em muito devido à queda do petróleo no mercado internacional, analistas têm avaliado que o preço da ação da petrolífera estava ficando barato em comparação às expectativas de resultados favoráveis à companhia.
No pregão de ontem, as ações da Petrobras, após mais de 20 mil negócios realizados, subiram 3,41% (preferenciais) e 2,67% (ordinárias).
O petróleo encerrou em Nova York vendido a US$ 118,58, em baixa de 0,50%. Há um mês, o barril do produto chegou a ser negociado acima de US$ 145.
Para o mercado acionário norte-americano, o enfraquecimento do petróleo tem sido algo positivo. Isso porque, se o produto sobe muito, torna-se um novo foco de indesejável pressão inflacionária. Com o atual alívio dado pelo produto, a Bolsa de Nova York está com desempenho positivo no mês, com alta acumulada de 2,44%.
Já a Bovespa, que tem na ação da Petrobras a sua mais importante influência, está com queda de 3,3% em agosto. Ontem a Bolsa paulista encerrou aos 57.542 pontos, número bem distante de seu pico de 73.516 pontos registrados em 20 de maio.
O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações norte-americanas de maior liquidez, teve alta mais modesta ontem, de 0,35%. A Bolsa eletrônica Nasdaq, dos papéis de companhias de alta tecnologia, conseguiu ter um resultado mais forte e fechou com ganhos de 1,21%.
O resultado trimestral melhor que as projeções obtido pela Cisco Systems favoreceu as Bolsas nos EUA. A empresa viu suas ações subirem 5,65%.
Já a financiadora hipotecária Freddie Mac anunciou prejuízo trimestral superior a US$ 820 milhões. Suas ações recuaram 19,28%. As ações da Fannie Mae, que atua no mesmo segmento, perderam 14,71%.

Recuperação
Para o resultado positivo da Bolas, a recuperação das ações da Vale também pesou. Após o fechamento do pregão, a Vale anunciou que teve lucro de R$ 4,573 bilhões no segundo trimestre (leia à pág. B8).
No fim do dia, a ação preferencial "A" da Vale, que foi a mais negociada no pregão de ontem, marcava alta de 1,85%; seu papel ordinário ganhou 1,36%. Se depender da queda acumulada em 2008, as ações da Vale têm muito o que se recuperar. O papel PNA da companhia registra uma queda anual de 27,04%, e o ON já caiu 28,34% em 2008.
As ações de bancos voltaram a ter resultados favoráveis ontem na Bovespa. O destaque ficou com Unibanco UNT, que subiu 4,14%. O banco anuncia seu balanço trimestral hoje.
O dólar voltou a ter pequena apreciação diante do real. Na esteira da recuperação que vem tendo no exterior, o dólar encerrou ontem com alta de 0,25% diante do real, vendido a R$ 1,578. No mês, a moeda passou a ter apreciação de 0,96%.
Hoje o mercado internacional estará atento às decisões dos bancos centrais europeu e da Inglaterra. A expectativa é que as autoridades monetárias mantenham suas taxas básicas de juros inalteradas, como o Fed (o banco central dos EUA) fez na última terça-feira.


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