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Lula ameniza discurso e muda tom em relação à petrolífera
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de um início de discussões sobre as novas regras
de exploração do petróleo no
país num tom negativo em relação à Petrobras, o governo Lula
amenizou o discurso e agora a
ordem é destacar que a estatal
será a parceira estratégica.
O próprio presidente Lula
agora trata a Petrobras como a
"mãe da industrialização" brasileira, enquanto nos primeiros
discursos fazia questão de
mandar recados à diretoria da
estatal dizendo que ela não era
a dona do petróleo do pré-sal.
O governo avalia que a melhor forma de iniciar logo a produção em escala comercial do
pré-sal passará por um fortalecimento da empresa -que, antes, considerava poderosa demais. Aliás, foi essa avaliação
que levou o Planalto a defender
a criação de estatal para gerenciar as novas reservas de óleo.
Essa decisão, contudo, permanece. O governo não vai entregar diretamente para a Petrobras todas as reservas do
pré-sal. A maior parcela dessas
áreas deve ficar com a nova estatal e terá regras diferenciadas
de exploração.
Por enquanto, a idéia é usar
só os campos ainda não leiloados na bacia de Campos para
fazer a capitalização da Petrobras. Ali, esse processo é considerado quase inevitável, já que
a estatal detém seis blocos na
região. E, por isso, será necessário fazer o processo de unitização, o que envolverá a União.
A próxima reunião ministerial para tratar do tema será no
dia 15. Até lá, os técnicos fecharão os modelos de exploração
do pré-sal para que os ministros decidam quais serão aprofundados. Depois, os modelos
serão submetidos a Lula.
A expectativa é que ainda
neste ano o Planalto envie ao
Congresso sua proposta fechada para as reservas do pré-sal. A
aprovação ficaria para 2009. Já
a decisão sobre a unitização dos
campos da bacia de Campos pode sair ainda neste ano.
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