DA REPORTAGEM LOCAL

Começa amanhã a série de encontros de membros da equipe econômica brasileira com ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais de países estrangeiros. São três missões, todas na Europa.
Uma delas, porém, só deve terminar seus trabalhos no Japão.
As viagens são mais uma tentativa do governo de reabrir as linhas de financiamento externo ao Brasil, principalmente para programas de exportação. Mesmo com o acordo firmado com o FMI (Fundo Monetário Internacional) no fim de julho, as linhas de crédito retiradas do país por estrangeiros não foram restabelecidas.

Roteiro
Amanhã, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, reúne-se com representantes espanhóis em Madri. De lá, segue para a França, onde estará na terça-feira, e depois para a Inglaterra, onde encerra sua viagem, quarta-feira.
Nessas reuniões, Malan tentará mostrar às equipes econômicas desses países que o sentimento para com a economia brasileira é exageradamente negativo, principalmente após o crédito de US$ 30,4 bilhões concedido pelo FMI.
Paralelamente, o presidente do BC, Armínio Fraga, participa hoje e amanhã do encontro de presidentes de bancos centrais organizado pelo BIS (Banco para Compensações Internacionais) na Suíça, onde está desde sexta-feira.
De lá, Armínio deve seguir para a Alemanha, na terça-feira, e, depois, para Amsterdam.
Sua missão também é a de tentar recuperar a confiança externa na economia brasileira e reabrir as linhas de crédito ao país.
Viaja com ele o secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guardia, que, em Frankfurt, está incumbido de demonstrar aos alemães que a dívida brasileira é administrável.
A outra equipe, chefiada pelo secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcos Caramuru, vai a Londres e depois segue para Tóquio.
Em menos de três meses, essa é a quarta vez em que a equipe econômica vai ao exterior para tentar mudar o humor dos estrangeiros em relação ao Brasil. Antes dessa viagem, a equipe já havia ido aos Estados Unidos duas vezes e uma à própria Europa.



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