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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Balança de máquinas pesadas deve fechar ano no vermelho
Após quatro anos de saldo
positivo, a balança comercial de
máquinas pesadas feitas sob
encomenda, chamadas de não-seriadas, deve fechar 2008 no
vermelho, segundo a Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base).
O saldo da balança comercial
desses produtos caiu 71% de janeiro a agosto deste ano na
comparação com os mesmos
meses do ano passado.
Com isso, o superávit de US$
593,5 milhões registrado entre
janeiro e agosto do ano passado
foi reduzido para US$ 170,8 milhões neste ano.
Enquanto as exportações
cresceram 32% até o mês de
agosto, as importações avançaram 64%. De acordo com Paulo
Godoy, presidente da associação, se o ritmo se mantiver,
neste ano é possível que haja
déficit comercial.
Godoy afirma que, entre as
máquinas importadas, há tanto
equipamentos que não são produzidos no Brasil, e que as empresas precisam encomendar
do exterior, como opções feitas
no país que foram substituídas
por produtos da China.
Para o presidente da Abdib, é
preciso implementar medidas
para melhorar a competitividade das companhias brasileiras,
como redução de tributos e de
custos de logística, assim como
incentivos para a inovação tecnológica. Segundo Godoy, algumas ações já foram contempladas na política industrial anunciada pelo governo em maio.
Godoy destaca, no entanto,
que, apesar da piora no saldo
comercial, a produção de máquinas não-seriadas cresce acima de 10% ao mês desde dezembro. O crescimento do setor em julho foi de 17,3% comparado ao mesmo mês do ano
passado -o avanço da produção da indústria foi de 8,5% no
período.
"Além do aumento expressivo da produção, há o incremento das importações. Nós vemos
um boom de investimento industrial no Brasil", afirma o
presidente da Abdib.
Boa parte do aumento da
produção é absorvido pelo
mercado interno. De acordo
com a associação, chamam a
atenção os investimentos na
área de mineração, siderurgia,
papel e celulose, energia e petróleo. "Estamos crescendo
muito, mas sabemos que podemos crescer muito mais", afirma Godoy.
O presidente da associação
diz que os investimentos para
desenvolver a produção de petróleo no país também devem
alavancar a produção de máquinas pesadas. Outra conseqüência, segundo ele, será a de
estimular a inovação tecnológica para bens de capital.
CONTRA O TEMPO
A Maison Veuve Clicquot vai inaugurar, no dia 10, em São
Paulo, sua terceira butique no mundo. Depois de abrir uma
na Alemanha e outra na China, a marca terá um espaço no
shopping Iguatemi. A butique, que ainda está em construção, não virá para ficar. Suas portas serão fechadas no dia 31
de dezembro. Mesmo assim, o gasto será alto -de cerca de
40% do investimento da marca no Brasil, segundo Gabriela
Moreno, responsável pelas marcas do grupo LVMH Moët
Hennessy. Nos poucos meses de funcionamento, a cenografia da loja será alterada. Até o final do ano, serão vendidos
no Brasil acessórios como baldes de gelo, rolhas herméticas
e taças com a marca Veuve Clicquot. "São itens que só apareciam em eventos da marca e nos hotéis e restaurantes parceiros", afirma Moreno.
POLIGLOTA
A rede Yes! Curso de Idiomas quer se expandir para
Santa Catarina nos próximos quatro meses. Atualmente, a marca tem sete
centros de ensino no Sul. Até
o fim do ano está previsto
aumento de 30% no número
de franquias, chegando a
cem unidades no país. Do total, a região catarinense terá
dez filiais, com investimento
de R$ 1 milhão.
DESEMBARQUE
Chris Pearson, presidente
da 3G Americas (associação
sobre tecnologias sem fio)
chega ao Rio amanhã para o
AmericasCom, evento em
que discutirá com os principais executivos de telecomunicações do país suas experiências em 3G. Até o fim
do ano o Brasil deverá ter 3
milhões de assinantes 3G.
COPO CHEIO
A Abih-SP (associação
de hotéis) registrou alta
de 30% no consumo de
bares e restaurantes de
hotéis paulistanos desde
que a lei seca entrou em
vigor. Para Maurício Bernardino, presidente da
Abih-SP, uma das razões é
o consumo de hóspedes do
interior de São Paulo que
vêm de carro à cidade.
"Em vez de sair, eles bebem no hotel." Para aproveitar, a entidade lançou a
campanha "Para beber,
hospede-se. Não dirija".
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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