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Diferenças entre candidatos estão despontando
EDWARD LUCE
DO "FINANCIAL TIMES",
EM WASHINGTON
Até agora os comandos das
campanhas presidenciais de
John McCain e Barack Obama mantiveram posições
discretas quanto à crise da
Fannie Mae e da Freddie
Mac, excetuadas declarações
genéricas que aprovam a maneira pela qual o governo
conduziu o resgate.
Mas diferenças importantes começam a emergir. Jason Furman, diretor de política econômica de Obama,
disse que um governo democrata privatizaria os elementos que pudessem ser executados da melhor forma pelo
setor privado e reteria uma
instituição menor, vinculada
ao governo, para apoiar o setor de habitações acessíveis.
Representantes de
McCain afirmaram que privatizariam ambas as instituições após reestruturá-las e
depois que os mercados de
crédito reencontrassem a estabilidade. "McCain se
apressou em defender uma
abordagem de "privatizar e
encolher'", disse Furman ao
"Financial Times". "A idéia
tem motivação ideológica e
não leva em conta algumas
das funções públicas que a
Freddie e a Fannie atualmente executam".
Douglas Holtz-Eakin, assessor de McCain, vinculou o
plano de privatização ao tema mais amplo da campanha, o de reformar Washington. "Os problemas financeiros dessas instituições são
um legado do capitalismo de
compadres, da ausência de
transparência e de prestação
de contas, e da garantia implícita pelos contribuintes",
afirmou Holtz-Eakin.
Os economistas afirmam
que embora adotem abordagens distintas, as duas campanhas economizam nos detalhes. "Obama tem os princípios corretos, mas seria um
verdadeiro desafio ver como
os implementaria", disse
Douglas Elmendorf, diretor
do Hamilton Project na
Brookings Institution. "No
caso de McCain, faz sentido
reduzir o tamanho dessas
instituições, mas isso por si
só não representa uma estratégia quanto aos problemas
mais amplos".
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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