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Investidores vão seguir de perto índices de inflação
Dados nos EUA e no Brasil pautam agenda da semana
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de menos intensa, a
agenda da semana não deverá
dar trégua ao mercado financeiro. No centro das atenções
dos investidores estará a divulgação de índices de preços.
Na quinta-feira, será apresentado nos EUA o resultado
do índice de preços ao consumidor do país -conhecido como CPI. Com a ameaça inflacionária ainda incomodando os
investidores, o mercado internacional está sensível a qualquer indicador de preços menos confortável. A expectativa é
a de que o CPI aponte inflação
de 0,4% no mês passado.
Na semana passada, os dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados
Unidos) optaram por manter a
taxa básica de juros americana
em 2% anuais.
Mais do que a decisão em si, o
que tranqüilizou o mercado foi
a nota que o Fed divulgou após
o final de seu encontro, em que
deu sinais de que um novo ciclo
de alta das taxas de juros no
país deverá levar ainda algum
tempo para ser iniciado.
No Brasil, foi divulgado na
sexta passada o resultado do
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O índice de
preços, que serve para o Banco
Central monitorar a sua meta
de inflação, apresentou variação de 0,53% em julho, abaixo
do 0,74% do mês anterior.
Amanhã, a Fipe divulga a primeira prévia de agosto do IPC,
que dará sinais de como anda a
pressão inflacionária.
Para a Bovespa, quanto menor a inflação, melhor. Isso
porque, se as pressões inflacionárias persistirem, o Copom
(Comitê de Política Monetária
do BC) poderá se sentir obrigado a elevar de forma mais intensa a taxa básica de juros, a
Selic, que está em 13% anuais.
"O resultado do IPCA em julho ainda não permite considerar que a meta de inflação será
cumprida neste ano, no teto de
6,5%. O resultado ainda está
muito acima da variação média
observada nos anos anteriores.
E a pressão de alta dos preços
das commodities persiste, mesmo que moderadamente. Ou
seja, o risco de o Copom não
cumprir a meta de inflação oficial neste ano permanece elevado", avalia em relatório a
Austin Rating.
A quarta-feira concentrará a
apresentação de diferentes dados econômicos nos Estados
Unidos, como as solicitações de
empréstimos hipotecários, as
vendas de julho no varejo e os
mais recentes números dos estoques de petróleo do país.
Na sexta-feira, o mercado financeiro conhecerá a produção
industrial e a utilização da capacidade instalada dos EUA no
mês passado. Esses dados são
muito importantes por mostrarem como anda a indústria na
maior economia do mundo.
Balanços
"Na semana não teremos nenhum grande evento no front
interno. O que ditará a tendência da Bolsa local será principalmente o comportamento
das commodities nos mercados
futuros, além da última safra de
balanços que será divulgada,
trazendo importantes resultados, como o da Petrobras e o de
empresas dos setores energético, siderúrgico e de construção
civil", diz Marco Antonio Saravalle, da corretora Coinvalores.
Os lucros do setor bancário
brasileiro, que mostraram crescimento nos ganhos com crédito e perda de receita com prestação de serviços, não conseguiram animar os investidores.
E isso mesmo com Bradesco e
Itaú lucrando mais de R$ 4 bilhões cada um no semestre.
"No exterior, segue o acompanhamento da situação econômica de Estados Unidos e
Europa. Destacamos na agenda
a divulgação do CPI na quinta e
a confiança do consumidor da
Universidade de Michigan na
sexta", completa Saravalle.
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