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Slim compra 6,4% das ações do "NYT"
Valor do negócio não é revelado, mas estima-se que chegue a US$ 123 milhões
Negócio ocorre no momento em que empresas dos EUA são alvo de estrangeiros, como a InBev, que adquiriu a cervejaria Anheuser-Busch
DA REDAÇÃO
O empresário mexicano Carlos Slim, o segundo homem
mais rico do mundo segundo a
"Forbes", comprou 6,4% das
ações do The New York Times
Company, empresa dona do
jornal de mesmo nome e do
"Boston Globe", entre outros.
Com o negócio, ele se torna o
terceiro maior acionista do
grupo, fora a família controladora Sulzberger.
O mexicano afirmou que a
decisão de investir no "New
York Times" foi "financeira" e
não revelou o valor do negócio
nem se pretende ampliar a sua
participação. Estima-se, porém, que as ações adquiridas
por Slim na semana passada valham cerca de US$ 123 milhões.
Ele tem um histórico de comprar ativos em baixa e revendê-los posteriormente com lucro.
Vários analistas ouvidos em reportagem do próprio "The New
York Times" disseram que pode ser o caso agora. O jornal
vem enfrentando problemas,
com a circulação e a receita
com publicidade caindo, o que
resultou em recente corte de
funcionários. Apenas neste
ano, as ações do grupo caíram
20,36%. Recentemente, dois
fundos de hedge compraram
participação na empresa.
Há, porém, analistas que afirmam que Slim pode ter interesse em ter voz na direção do jornal. "A questão é que os Sulzberger não querem ceder o controle", disse Richard Dorfman,
diretor da empresa de investimento Richard Alan.
"É uma grande companhia,
que tem hoje um valor atrativo", afirmou Arturo Elias Ayub,
porta-voz do mexicano. "A porta está sempre aberta para avaliarmos se compraremos mais."
Essa é a segunda investida do
bilionário no setor de mídia nos
últimos meses. Em maio, ele
comprou uma participação de
cerca de 1% no Independent
News & Media, que, entre outros, publica o jornal britânico
"The Independent".
O negócio ocorre em um momento em que várias empresas
dos EUA vêm sendo alvo de estrangeiros. Bancos como o Citigroup venderam participações
expressivos para fundos de governos do Oriente Médio, e a
belgo-brasileira InBev comprou a Anheuser-Busch.
Com agências internacionais
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