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Brasil é o 125º entre 181 países em ranking de negócios do Bird
Empresas gastam 2.600 horas anuais só para pagar taxas, mostra indicador
MAURÍCIO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Brasil continua a ser um lugar difícil para os negócios, segundo o relatório "Doing Business 2009", publicado ontem
pelo Banco Mundial. O país está em 125º lugar, atrás de nações como Uganda e Mongólia.
O país subiu uma posição em
relação ao índice passado, com
destaque positivo para o quesito comércio exterior.
O ranking mede a dificuldade
de um empreendedor para o
"registro de propriedade", "emprego de funcionários" e a burocracia para "abrir" e "fechar
um negócio" em 181 economias. São nove variáveis, como
impostos e acesso ao crédito. O
melhor desempenho do país foi
em relação ao comércio exterior -o processo leva 14 dias e
precisa de oito documentos. Há
elogios à adoção dos sistemas
Merchante, para importação, e
Siscomex, para exportação.
Mesmo assim, o país está distante do Canadá, onde transação similar leva sete dias.
Abrir e fechar um negócio
também não é tarefa das mais
fáceis: são 18 documentos e 152
dias para o início e mais quatro
anos para o encerramento.
Muito mais que na Bélgica (três
documentos e quatro dias para
abrir e menos de um ano para
fechar). Mais assustador é o
tempo gasto anualmente por
uma empresa para acertar as
contas com o fisco: 2.600 horas,
muito à frente do segundo colocado, Camarões, 1.400 horas, e
mais ainda dos Emirados Árabes Unidos, onde tudo se resolve em 12 horas.
O sistema trabalhista brasileiro também impõe dificuldades. No tópico que mede o tema, o Brasil ficou em 121º lugar.
Na vizinhança, destaque para
a Colômbia, que subiu 13 posições no ranking geral, para o
53º lugar. Por lá, levam-se 36
dias para iniciar um empreendimento e gastam-se 256 horas
para estar quite com o fisco.
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