São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 2003

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Meta de inflação terá ajuste

DE WASHINGTON

Para compensar o provável estouro das metas de inflação em 2003, o Banco Central deverá implementar uma política de juros "rigorosa" para preservar sua credibilidade. É o que promete Henrique Meirelles, presidente do BC.
"É importante uma política monetária suficientemente forte para bloquear qualquer possibilidade de contaminação", diz, sobre o risco de a inflação decorrente da desvalorização da moeda estimular a alta inercial dos preços.
Segundo Meirelles, o governo decidiu não mudar a meta de inflação de 2003 para manter a credibilidade do sistema. "O dilema era saber se deveríamos ou não mudar a meta para ajustá-la ao choque da desvalorização cambial. Se mudássemos a meta, nos perguntariam: afinal de contas, que meta é essa que vocês mudam quando não conseguem alcançar? Além disso, mudar a meta num começo de governo poderia ser visto como uma tolerância em relação a uma inflação maior."
A saída encontrada é a adoção de "metas ajustadas", por meio das quais a convergência da inflação ocorreria num período mais longo do que um ano.
O Brasil não cumpriu os objetivos de inflação para 2001 e 2002. O governo já anunciou que deve estourar também a meta de 2003 (4%, com limite de tolerância de 2,5 pontos). Desde o fim do ano passado, o BC afirma que desistiu de perseguir o centro da meta de 2003 para mirar numa meta ajustada de 6%. (MA)


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