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Campanhas visam diferenciação
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investimentos dos bancos
em linhas distintas de publicidade
refletem também uma busca pela
diferenciação em um mercado
tão pasteurizado. A opinião é de
Alexandre Braga, diretor de atendimento da McCann.
"Na área de serviços, a diferenciação é mais difícil mesmo. Por
isso, muitas vezes é preciso partir
para tentativas de diferenciação
emocional", afirma Braga.
Segundo ele, a tendência de divulgar ações sociais é mundial.
Várias pesquisas realizadas nos
últimos anos mostram que, mantido o mesmo nível de preço e
qualidade, o consumidor prefere
empresas que demonstram compromisso com a sociedade.
O celebrado publicitário Nizan
Guanaes, que fundou recentemente a agência Africa e atende
ao Itaú, também afirma que a "sociedade demanda hoje que as empresas sejam comprometidas
com causas sociais".
"As empresas e a sociedade evoluíram nesse sentido", diz.
Ao contrário da maioria dos outros publicitários, que falam de
mudanças recentes na linha das
campanhas de seus clientes, Guanaes diz que, no caso do Itaú, o foco não mudou: "Houve uma mudança na forma da linguagem,
que está um pouco mais "pop".
Mas o Itaú sempre mostrou suas
ações institucionais".
As tentativas de se destacar não
se limitam à publicidade. A comunicação do ABN-Amro Real
com os clientes, por exemplo, é
toda feita em papel reciclado.
"Queremos mostrar que banco
não é tudo igual. Nossa campanha
é toda baseada nas diferenças em
relação a outras instituições financeiras", afirma o diretor de
marketing Fernando Martins.
Para Gabriel Zellmeister, da
W/Brasil, a falta de perspectivas
de novas fusões e aquisições entre
bancos também acirra a busca pelo destaque: "O serviço é bastante
parecido e, então, os bancos têm
que mostrar um diferencial".
(MP e EF)
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