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Expansão ocorre
em três etapas,
diz economista
DA REPORTAGEM LOCAL
O economista Armando Castelar Pinheiro, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada), argumenta que a retomada da economia vai se dar
em três etapas. Na primeira,
reagiriam os setores de bens de
capital (máquinas e equipamentos) e de bens de consumo
duráveis e semi-duráveis (automóveis e eletroeletrônicos).
"Quando ocorre retração
econômica, eles são os que acusam mais rapidamente os efeitos. Mas são, também, os que
mais rápido fazem o caminho
inverso", diz o economista.
Em outubro, o setor de bens
de capital registrou a quarta expansão seguida, de 3,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano, segundo estudo do consultor Fábio Silveira, a produção de bens de capital deverá encolher 1,5%. Para
2004, as projeções de Silveira
são de um salto de 10%. "Mas
esse setor não gera emprego,
nem alavanca a renda", diz.
De sua parte, a produção da
indústria automobilística deverá aumentar entre 10% e 11%
em 2004, de acordo com as
projeções da consultoria LCA e
da F Silveira Consultoria, respectivamente. Isso significaria
passar de 1,8 milhão de unidades, a estimativa deste ano, para próximo de 2 milhões.
O setor de eletroeletrônicos
deverá registrar uma retração
de 5,4%, estima Silveira. Para
2004, sua projeção é de crescimento de 13%. A da LCA, mais
modesta, é expansão de 6,5%.
O segundo degrau nesse processo de retomada da economia seria ocupado pelos bens
intermediários (siderurgia, celulose, cimento, produtos químicos e materiais plásticos). O
último a se recuperar, segundo
os economistas, será a construção civil, que encolheu 7,7% de
janeiro a setembro .
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