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Acordo com Anglo American visa capitalizar minas para produção
DA SUCURSAL DO RIO
Dono uma fortuna estimada
em US$ 6,6 bilhões pela revista
"Forbes" -a terceira maior do
país-, Eike Batista fechou o
maior negócio de sua vida com
a Anglo American e agora o vê
em risco em razão da investigação da Polícia Federal.
Anunciado em janeiro deste
ano, o acordo era bom para os
dois lados. Eike tinha grandes
reservas de minério de ferro
em Minas Gerais e no Amapá,
além de projetos de infra-estrutura para escoar a produção
(um porto no norte fluminense, um minerioduto ligado Minas ao Rio e a concessão de um
ferrovia no Amapá). Faltava ao
empresário, porém, todo o capital necessário para desenvolver a produção dessas reservas.
Foi dessa necessidade, dizem
especialistas do setor, que nasceu o acordo com a Anglo American. Primeiro, a empresa
comprou 49% do projeto Minas-Rio, em 2007, por US$ 1,15
bilhão -essa parte do negócio
já foi concluída e não está sob
risco.
Em janeiro deste ano, a mineradora aceitou desembolsar
mais US$ 5,5 bilhões pelos 51%
restantes do sistema Minas-Rio e por 70% do projeto do
Amapá. Era um bom negócio
para a Anglo American, que lidera em ouro, platina, diamante e tem forte atuação em carvão, mas só 3% do mercado
mundial de minério de ferro.
Em junho, Batista conseguiu
outro êxito nos negócios, ao levantar R$ 6,7 bilhões com o
lançamento de ações da OGX,
sua empresa de petróleo e gás,
na Bovespa. Mas apenas um
mês depois se deparou com a
operação da Polícia Federal
que vasculhou sua casa e os escritórios de sua empresa, afetando as cotações em Bolsa da
MMX.
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