|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TECNOLOGIA
Texto a ser aprovado em cúpula da ONU prevê também criação de fórum internacional para discussão da web
EUA mantêm controle da internet por 5 anos
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos vão manter
o controle do sistema que guia o
tráfego de informação na internet
por pelo menos mais cinco anos,
mas países que pleiteavam uma
participação maior da comunidade internacional nos assuntos relacionados à rede mundial também conseguiram uma vitória: a
criação de um fórum para a discussão de grandes questões da internet, como o crescimento do
"spam" e o abismo tecnológico
entre nações ricas e pobres.
Negociadores que participam
da Cúpula Mundial da Sociedade
da Informação da ONU (Organização das Nações Unidas), que vai
até amanhã em Tunis, na Tunísia,
disseram a agências internacionais que o fórum não terá poderes
para regular a internet nem vai tirar o controle dos EUA sobre o
sistema de domínios. As decisões
constam de um texto que deve ser
aprovado durante a cúpula.
Países como o Brasil e o Irã defendiam que os Estados Unidos
cedessem o controle do sistema à
ONU ou a outro órgão internacional. Já os EUA argumentam que
um órgão deste tipo seria burocrático e dificultaria a inovação.
"Que fique bem claro: a ONU
não quer controlar ou policiar a
internet. O gerenciamento da internet no dia-a-dia tem que ser
deixado a instituições técnicas",
disse o secretário-geral da ONU,
Kofi Annan.
Alguns países consideraram
que o acordo pode levar, no futuro, a um controle internacional da
internet. "Você pode argumentar
que eles conservaram a situação
como está por hoje, mas não para
o futuro", disse Bernd Pfaffenbach, ministro da Economia da
União Européia. "Nós queremos
influenciar as decisões, nós queremos ser consultados se houver
uma mudança estrutural."
O acordo a que os países chegaram determina que a organização
Icann (Corporação da Internet
para Nomes e Números Designados) continuará sendo responsável pelo sistema de domínios, que
faz com que cada endereço de site
(www.folha.com.br, por exemplo) seja correspondente a um endereço numérico.
Se esse sistema não fosse centralizado (se cada país tivesse o seu,
por exemplo), um mesmo endereço digitado poderia levar a sites
diferentes, dependendo da localização do usuário.
O Icann responde ao Departamento do Comércio dos EUA e
está sujeito a leis da Califórnia e a
leis federais dos EUA.
Gil
O ministro brasileiro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu ontem o
software livre no discurso oficial
do Brasil na Cúpula Mundial da
Sociedade da Informação, que
acontece na Tunísia.
Gil disse que o software livre,
que geralmente tem o código
aberto e é gratuito, é importante
no combate à exclusão digital, de
acordo com a Agência Brasil.
"O software livre é alternativa
essencial para países em desenvolvimento que, como o Brasil,
lutam contra a escassez de recursos para as políticas publicas",
disse Gil. "As vantagens são enormes, variando da redução de custos à geração de empregos."
Com agências internacionais
Texto Anterior: Ministério Público conclui acusação sobre sonegação Próximo Texto: Google lança classificados on-line Índice
|